O presidente Michel Temer realizou nesta quinta-feira (12) a primeira reunião com sua nova equipe ministerial, que teve 13 mudanças nas últimas semanas
devido à saída de chefes de Estado para a disputa das eleições deste ano.
No encontro, realizado no Palácio do Planalto, Michel Temer pregou a "continuidade" do trabalho que vinha sendo realizado pelo governo e alertou que mudanças não serão "admissíveis".
"Que nós possamos prosseguir com as mesmas teses, os mesmos programas e as mesmas vitórias que nós temos tido nestes quase dois anos de governo. As vezes um ministro pode chegar e entender que pode modificar seja a estrutura ou sejam os programas do ministério. E isso, neste momento, devo alertar, não é razoável e nem admissível. Os senhores vão dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido", disse o presidente.
Apesar de repetidamente bater na tecla da "continuidade", Temer disse que "podem haver programas novos" e que ainda "há muito a ser feito". "Temos mais nove meses de governo, o que significa que muito se pode fazer. Desde o começo, eu me recordo, diziam que o governo tem pouco tempo e não iria conseguir fazer nada. Mas fizemos muito e temos muito a fazer ainda", reforçou o presidente.
Temer também orientou os novos ministros a "não se importarem com críticas" e a permearem suas ações nos "princípios básicos esculpidos no texto constitucional". "Olha aqui: não vamos nos incomodar com críticas. Não vamos nos incomodar com aqueles que querem dizer 'Não pode, etc.'. Nós vamos em frente. Enquanto as pessoas protestam, a caravavana aqui do governo vai trabalhando", disse o emedebista.
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Dança das cadeiras nos ministérios de Temer
Participaram do encontro os novos ministros da Educação (Rossieli Soares); do Desenvolvimento Social (Alberto Beltrame); da Fazenda (Eduardo Guardia); do Planjemanto (Esteves Colnago); de Minas e Energia (Moreira Franco); do Esporte (Leandro Cruz Fróes da Silva); do Turismo (Vinicius Lummertz); da Integração Nacional (Antônio de Pádua de Deus); da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Marcos Jorge); dos Direitos Humanos (Gustavo Rocha); e do Trabalho (Helton Yomura).
A reforma ministerial na equipe do governo é resultado de uma regra da legislação eleitoral, que obrigou todos os ocupantes de cargos no Executivo com pretensões eleitorais a deixarem suas funções até a última sexta-feira (6).
Principal nome da equipe econômica da gestão Michel Temer , o agora ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles foi uma das principais baixas do governo. Ele se filiou recentemente ao MDB, partido de Temer, e pretende ser candidato à Presidência da República nas eleições de outubro.
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