Ministro Edson Fachin durante sessão plenária; ele é relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal
Carlos Humberto/SCO/STF - 17.12.15
Ministro Edson Fachin durante sessão plenária; ele é relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal

Agentes da Polícia Federal (PF) deflagraram, na manhã desta terça-feira (10), mandados da Operação Tira Teima, desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga pagamentos de vantagens indevidas de um grupo empresarial a políticos. Ainda não foram divulgados os alvos das investigações.

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Os oito mandados cumpridos nesta terça são de busca e apreensão e foram autorizados pessoalmente pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

De acordo com a PF, cerca de 40 policiais federais cumprem os mandados em três estados: nas capitais São Paulo, Goiânia e Fortaleza. Apesar de não ter dado detalhes sobre a operação, a PF deixou claro que não há ordem de prisão entre os mandados a serem cumpridos nesta terça. 

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Delação de Nelson Melo

Cerca de 40 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão autorizados por Edson Fachin nesta terça
Marcelo Camargo/ Agência Brasil - 05.09.2016
Cerca de 40 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão autorizados por Edson Fachin nesta terça

Segundo as primeiras informações da Globo News , a operação desta terça foi deflagrada a partir da delação do ex-diretor de relações institucionais da Hypermarcas (hoje, Hypera Pharma), Nelson Melo, um dos delatores da Lava Jato.

Em seu depoimento, Melo afirmou que repassou R$ 5 milhões para a campanha do presidente do Senado, Eunicio Oliveira (MDB-CE), quando ele foi candidato ao governo do estado do Ceará, em 2014. Tal repasse teria sido feito por meio de contratos fictícios.

O esquema investigado pela Operação Tira Teima teria relação, segundo investigações da PF, com o pagamento de doações a políticos fictícios. O que é investigado agora é quem seria beneficiado por tais pagamentos. 

A delação de Melo também serviu de base para o cumprimento de mandado de busca e apreensão no escritório do lobista Milton de Oliveira Lyra Filho durante a deflagração da Operação Sépsis, outra etapa da Lava Jato. Lyra Filho é apontado pelos investigadores como um intermediário do pagamento de propina a senadores.

* Mais informações em instantes.

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