Um áudio vazado na noite desse domingo (8) mostra que houve grosseria e comentários inapropriados durante um diálogo entre uma pessoa não identificada e o piloto do avião que levava o ex-presidente Lula a Curitiba – onde ele está preso na sede da Polícia Federal, por corrupção e lavagem de dinheiro, desde a noite de sábado (7).
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Tais comentários geraram polêmica devido ao tom utilizado pelo homem que não foi identificado. Na conversa, é possível ouvi-lo falando ao piloto "leva e não traz nunca mais". Em outro trecho, que também vazou, a mesma voz diz ainda "manda esse lixo janela abaixo aí", fazendo referência ao ex-presidente Lula .
Consultada pela imprensa, a Força Aérea Brasileira ( FAB ), responsável pela aeronave e pelo transporte de Lula no último sábado, confirmou, em nota, a veracidade da gravação. No entanto, ela não informou se irá investigar, identificar ou punir os responsáveis pela grosseria durante a operação.
A FAB afirmou ainda que os áudios foram gravados minutos antes da decolagem do avião que levava o ex-presidente à sede da Polícia Federal. Ainda de acordo com a FAB, o responsável pelo áudio não foi nenhum operador da torre de controle.
"Ressalva-se que a frequência utilizada para essas comunicações aeronáuticas é aberta, por isso quem estiver conectado pode ouvir e falar. Porém, as regras de tráfego aéreo orientam que os usuários se identifiquem, o que evidentemente não ocorreu neste caso", escreveu a FAB.
"Mantenham a fraseologia padrão", diz voz feminina
Em um dos trechos que circulam nas redes sociais, o homem responsável pelos xingamentos chega a ser repreendidos por colegas. "Vamos tratar só do necessário. Vamos respeitar o nosso trabalho aqui", reclamou, primeiramente, uma voz masculina. "Eu respeito, mas manda este lixo janela abaixo aí", responde o agressor.
Por fim, uma voz feminina alerta: "Pessoal, a frequência é gravada e pode ser usada contra a gente. Então, mantenham a fraseologia padrão, por gentileza".
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O ex-presidente Lula
foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no chamado "caso tríplex". Ele é acusado de receber um apartamento no Guarujá (SP) como propina da OAS para favorecer a empreiteira com contratos da Petrobras.
* Com informações da Agência Ansa.