A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), pode até ter tentado desviar de si a responsabilidade de declarar o 'voto de minerva' contra o habeas corpus do ex-presidente Lula, no julgamento dessa quarta-feira (5), mas não tinha saída: o seu posicionamento foi determinante para o resultado da sessão, que acabou com um placar apertado de 6 votos a 5 contra a liberdade do petista .
Sabendo disso, foi pouco depois do voto decisivo da ministra que o ex-presidente Lula comentou resignado, com um grupo restrito de pessoas que acompanhavam com ele o julgamento, o posicionamento do STF: "não iam dar o golpe para me deixarem ser candidato".
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, que ainda revelou, na publicação desta quinta-feira (5), que a frase do petista foi interpretada por dirigentes e por lideranças da legenda como uma admissão de que está fora da disputa eleitoral.
Tal admissão, por ora, vai de encontro à posição pública do PT , que insiste em manter o discurso sobre a manutenção da candidatura do ex-presidente, mesmo que ele vá para a cadeia.
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Um nota publicada no site da legenda, já na madrugada desta quinta-feira, dava o tom dessa estratégia. No texto, a sigla destaca “o dia trágico para a democracia”, exalta que a “Constituição foi rasgada” e reafirma a inocência do líder petista.
Torcidas e estratégias dos aliados do ex-presidente Lula
Na manhã desta quinta, as redes sociais se dividem em apoiadores do petista – que se manifestam sob a hashtag #LulaValeALuta – e a oposição do ex-presidente, que colocou no topo dos Trending Topics (TTs) do Twitter a hashtag #LulaPresoHoje.
Apesar da torcida forte dos que não o querem livre, o ex-presidente não deve ser preso nesta quinta, já que depende agora do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Sua prisão, porém, pode acontecer nos próximos dias.
Ainda hoje, pela manhã, a direção nacional do PT vai se reunir para traçar as estratégias daqui para a frente. Além disso, pela tarde, a cúpula do partido em São Paulo também deve se encontrar para definir uma manifestação na cidade.
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A ideia, ainda segundo o jornal, é denunciar supostas arbitrariedades no processo que condenou o ex-presidente Lula e defender a hipótese de que o petista sofreu um julgamento político.