Escolhido por quase 80% dos delegados do PT de São Paulo, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, Luiz Marinho foi lançado como pré-candidato de partido para participar da disputa pelo governo do estado nas eleições que acontecerão em outubro.
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Com Marinho , concorria o ex-prefeito de Guarulhos, Elói Pietá, que recebeu apenas 175 votos dos 850 contabilizados no 19º Encontro Estadual do PT paulista, na Quadra dos Bancários, no centro de São Paulo, no sábado (24).
Uma votação pela escolha de um candidato do partido não acontecia há 12 anos. Isso ocorreu porque, por mais que a maioria apoiava Marinho, Pietá também quis disputar o posto. No entanto, mesmo com o apoio de grupos mais à esquerda dentro da legenda, o ex-prefeito de São Bernardo foi a primeira opção dos líderes nacionais.
“As nossas diferenças são mixaria diante das tarefas e missões que temos lá fora. Nós vamos juntos. Temos agora a missão de organizar a campanha, o debate de alianças, entrar nessa nova fase”, disse Marinho, que é o atual presidente estadual do PT, enquanto discursava.
Ele também fez questão de comentar sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também é pré-candidato pelo partido, mas disputará o posto de presidente da República. “A partir de agora não tem mais disputa interna é defesa do Lula presidente e do nosso partido”, afirmou.
Confiante, Marinho ainda falou sobre a situação do PT diante do cenário de pré-candidatos. “Seguramente temos todas as condições de ganhar e tenho certeza que vamos entrar numa fase de retomada do nosso crescimento [...] Situação pior passamos em 2014. Mas agora em 2018 é a nossa vez de fazer o Suplicy senador, de ocupar a segunda vaga [no Senado]”, declarou.
O vereador Eduardo Suplicy foi escolhido como pré-candidato ao Senado, assim como o ex-secretário municipal de Transportes Jilmar Tatto.
O eventou não contou com nomes importantes do partido como o próprio Lula e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que estavam em caravana no sul do País.
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Rivalidade
Entre os principais adversários de Marinho ao posto de governador deverão estar o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) e o vice-governador Márcio França (PSB), a quem o presidente do PT-SP não deixou de alfinetar em seu discurso.
Além de chamar Doria de “vagabundo”, ele também disse que “os verdadeiros partidos de esquerda” se aliarão ao PT, referindo-se a França, que não irá receber apoio do PT, conforme foi decidido antes pela legenda.
“João se dizia trabalhador, mas se tornou um vagabundo, porque não cuidou de São Paulo, dizia que governava pelo WhatsApp”, declarou ele.
Marinho é, assim como Lula, ex-líder sindical e metalúrgico, governou São Bernardo por oito anos, entre 2009 e 2017, e também fez parte da equipe de ministros do primeiro e segundo mandato de Lula, atuando nas pastas do Trabalho e Previdência, respectivamente.
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