Lula e o ativista argentino Adolfo Perez Esquivel, ganhador do prêmio Nobel da Paz, em encontro em São Paulo
Ricardo Stuckert - 2.3.18
Lula e o ativista argentino Adolfo Perez Esquivel, ganhador do prêmio Nobel da Paz, em encontro em São Paulo

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nessa sexta-feira (2) o escultor argentino e ativista de direitos humanos Adolfo Perez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, na sede do Instituto Lula em São Paulo.

Lula e Perez Esquivel se conhecem desde 1982, quando o petista se destacava como líder sindicalista entre metalúrgicos do ABC Paulista e o argentino lutava pela democracia na América Latina numa época em que parte da região vivia sob ditaduras militares. No encontro dessa sexta-feira, Esquivel defendeu o direito de Lula participar da eleição presidencial deste ano e disse que indicará o nome do petista ao Comitê Nobel Norueguês, responsável por conceder o Prêmio Nobel da Paz.

"A chegada do PT e de Lula à Presidência marcou um antes e depois para o Brasil a ponto de ele se tornar uma referência internacional no combate à pobreza. Seu governo trouxe políticas cruciais para a paz dos brasileiros e foi um exemplo para o mundo", disse o ativista argentino.

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"Golpe"

O encontro, segundo o Instituto Lula, teve como pauta a "difícil situação atual da América Latina, com retrocessos na democracia e nos direitos sociais". Estiveram presentes, além do ex-presidente e do vencedor do Prêmio Nobel da Paz, o ex-ministro das Relações Exteriores e Defesa Celso Amorim, e a advogada e professora Carol Proner.

Em 2016, pouco antes do início do processo que culminaria no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Adolfo Perez Esquivel foi convidado a participar de uma sessão no plenário do Senado e causou constrangimento entre parlamentares ao afirmar que o Brasil está prestes a sofrer um "golpe de Estado".

Pré-candidato à Presidência da República, Lula poderá ser impedido de participar das eleições por conta de sua condenação no caso tríplex da Operação Lava Jato. A Lei da Ficha Limpa determina que se torna inelegível qualquer um que tenha uma condenação em segunda instância – o que já ocorreu no caso de Lula, embora ainda haja pendência no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A defesa do petista, no entanto, tenta por meio de  habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) assegurar o direito de o ex-presidente ser candidato. A ação deve ser julgada nessa terça-feira (6).

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