
O suplente do ex-deputado federal Paulo Maluf, Junji Abe (PSD-SP), tomou posse nesta quarta-feira (21) e cumprirá o restante do mandato do parlamentar cassado, que cumpre pena no Presídio da Papuda, em Brasília.
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Depois de fazer juramento na abertura da sessão da Câmara dos Deputados, Junji assumiu o mandato aberto pelo afastamento de Maluf da função parlamentar pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ex-governador de São Paulo e ex-prefeito da capital, Maluf está preso desde dezembro, cumprindo pena de sete anos e nove meses pelo crime de lavagem de dinheiro. No entanto, o passado de Junji, assim como o de Paulo Maluf, é controverso.
O suplente de Maluf está na vida pública desde 1972. Foi duas vezes prefeito de Mogi das Cruzes, no interior paulista, vereador, deputado estadual e deputado federal. Porém, paralelamente à sua vida pública, Junji teve problemas com a Justiça: foi condenado em segunda instância e acumula processos por improbidade administrativa.
Por causa dessa condenação, Junji até chegou a ter o seu registro de candidatura a deputado federal barrado, em 2014, pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com base na Lei da Ficha Limpa. Tal decisão, porém, foi revertida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ele entrar na disputa.
Possível impedimento à posse
Antes da posse, Junji, segundo sua assessoria de imprensa, convocou uma entrevista coletiva no início da tarde de terça-feira em sua cidade para formalizar a decisão de assumir a vaga de Maluf e se defender a respeito dos processos a que responde.
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De acordo com a sua assessoria, Junji não tem condenação transitada em julgado e nenhum dos processos contém provas periciais.
Além da ação apontada pelo TRE-SP, que quase derrubou sua candidatura, o suplente de Maluf ainda tem tramitando na primeira instância da Justiça paulista 11 processos sob acusação de improbidade administrativa – sendo um por suspeita de fraude em licitação do transporte público da cidade.
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* Com informações da Agência Brasil.