Os secretários de Segurança Pública do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo se reunirão na quinta-feira (22) com o ministro da Justiça, Torquato Jardim , para discutir medidas para reforçar a segurança na divisa entre os estados e o Rio de Janeiro.
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A preocupação das autoridades é com a possibilidade de a intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro levar criminosos a escaparem do território fluminense para estados vizinhos.
O encontro com o ministro foi requisitado pelos secretários na última sexta-feira (16), após o presidente Michel Temer (MDB) assinar o decreto de intervenção e nomear o general Walter Souza Braga Netto como responsável pela segurança no Rio de Janeiro.
Em Minas Gerais, parte do plano é reforçar a vigilância nas estradas de acesso ao estado. “A nossa polícia está com muita atenção, com um olhar cuidadoso, sobretudo na região de divisa com o estado do Rio de Janeiro”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, após reunião em Belo Horizonte com o governador Fernando Pimentel (PT).
“Vamos, agora, analisar eventuais reflexos [da intervenção], que até agora não foram percebidos”, acrescentou o comandante-geral.
Por meio de nota, a Secretaria de Administração Prisional de Minas afirmou estar monitorando as unidades prisionais do estado. Por questões de segurança, as autoridades mineiras não detalharam seus planos.
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Já a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito informou que o secretário André Garcia apresentará, na reunião com o ministro, detalhes do plano de contingência estadual, ainda que, até o momento, não tenha surgido “nenhuma movimentação que aponte necessidade imediata de atuação”.
Garcia aproveitará a ocasião para pedir a Torquato Jardim que os policiais rodoviários federais que atuavam no Espírito Santo e que, desde o ano passado, estão cedidos à superintendência do Rio de Janeiro, regressem a seus antigos postos.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também confirmou a participação do secretário Mágino Alves Filho na reunião, mas não se manifestou sobre eventuais medidas de reforço na segurança na divisa com o Rio de Janeiro.
* Com informações da Agência Brasil
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