Michel Temer e o governador do RJ, Luiz Fernando Pezão, durante a assinatura de decreto de intervenção federal
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 16.02.2018
Michel Temer e o governador do RJ, Luiz Fernando Pezão, durante a assinatura de decreto de intervenção federal

O presidente Michel Temer anunciou, neste sábado (17), a criação do Ministério da Segurança Pública. A formação da pasta teria sido decidida nos últimos dias pelo governo. Temer aproveitou a reunião no Rio de Janeiro hoje, em que participa junto de outras autoridades, para confirmar a informação. 

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Segundo a Folha de S. Paulo , a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacuional iriam para o controle da pasta, o que pode gerar uma mudança importante no Ministério da Justiça. Ainda de acordo com o jornal, o nome do novo ministro não foi anunciado pelo presidente, mas um dos mais cotados é o do ex-secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame.

A criação do ministério seria parte da estratégia do emedebista para deixar "uma marca" de governo na área de segurança pública. Isso porque, em pesquisa interna, o partido percebeu que a segurança pública é um dos temas que mais preocupam os brasileiros atualmente. Além disso, a Folha aponta a possibilidade da pasta ser extinta quando a crise de segurança for controlada.

Encontro no Rio

Um dia após  assinar o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro , Michel Temer se reuniu com o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e outras autoridades para tratar questões de segurança no estado. O encontro ocorre no Palácio do Guanabara. 

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Temer apresentará aos representantes dos Três Poderes do estado o general Walter Souza Braga Netto, responsável pelo Comando Militar do Leste e indicado como interventor responsável pelas forças de segurança e o sistema prisional do estado.

No momento, o general Braga Netto faz um diagnóstico da situação de crise do estado. Ele afirmou que, a partir de um processo de planejamento, vai definir as estratégias de combate ao crime no Rio de Janeiro.

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"Medida extrema", mas "necessária"

Ao anunciar o decreto, Temer ressaltou ter tomado “essa medida extrema" porque as circunstâncias assim exigiam. O presidente enfatizou que o governo dará respostas duras e firmes para enfrentar o crime organizado no Rio de Janeiro.

O decreto já está em vigor, mas ainda precisa passar pela apreciação do Congresso Nacional, segundo determina a Constituição Federal. Os parlamentares devem analisar a medida já no início da próxima semana.

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"Não podemos aceitar passivamente a morte de inocentes. É intolerável que nós estejamos enterrando pais e mães de família, trabalhadores, policiais, jovens e crianças. E vendo bairro inteiros sitiados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras. Chega. Basta. Nós não vamos aceitar que matem nosso presente e nem continuem a assassinar o nosso futuro", continuou Temer. "Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos e nem nossas praças, salão de festas do crime organizado. Começamos uma batalha em que nosso único caminho só pode ser o sucesso."

*Com informações da Agência Brasil

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