O ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, e o doleiro Alberto Youssef, prestaram depoimento nesta sexta-feira (16) ao juiz Sérgio Moro em uma ação que busca apurar supostos favorecimentos de construtoras ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em troca de contratos com a Petrobrás.
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Ambos disseram não saber sobre as supostas reformas que teriam sido realizadas em um sítio em Atibaia que, para a acusação, pertence na verdade ao ex-presidente. No cartório, o sítio está no nome do empresário Fernando Bittar, amigo de Lula . A informação é do jornal Folha de S.Paulo .
Membros do Ministério Público investigam obras orçadas em mais de R$ 1 milhão que teriam sido realizadas no sítio pelas construtoras OAS e Odebrecht .
Arguidos pela defesa do líder petista, os dois disseram que tais reformas nunca foram mencionadas nas reuniões que discutiam os contratos da Petrobrás.
Também ouvidos na tarde de sexta (16), o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa também afirmaram desconhecer as obras. De acordo com eles, só vieram a saber sobre o sítio em Atibaia por reportagens na imprensa.
Para a defesa do petista, os depoimentos deixam claro que "Lula jamais praticou qualquer ato em benefício de empreiteiras durante período em que ocupou o cargo de presidente".
Os advogados reafirmaram, também, que Lula não é o dono do sítio e que ele e seus familiares só visitavam o lugar por serem amigos “há mais de 40 anos” de Fernando Bittar.
Decisão no STF
Outro processo contra o ex-presidente, este relativo ao tripléx no Guarujá, deve em breve ser discutido pelo Supremo Tribunal Federal.
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Embora Edson Fachin tenha negado, em 9 de fevereiro, o habeas corpus à Lula, o ministro determinou que o caso entrasse na pauta da corte. Agora, os onze ministros terão a oportunidade de discutir se alguém condenado em 2ª instância, exauridos os recursos, deve já cumprir pena.
O advogado e ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence, que passou recentemente a integrar a defesa do ex-presidente Lula, classificou como “altamente positivo” o encaminhamento do pedido de liberdade preventiva do líder petista para o plenário do Supremo.
De acordo com o entendimento mais recente do STF, condenados em 2ª instância, após esgotados os recursos, devem já cumprir a pena. Assim, Lula pode vir a ser preso nas próximas semanas. Para evitar que isso aconteça, a defesa ingressou com o habeas corpus preventivo no STF.
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