O presidente da República, Michel Temer (MDB), pretende declarar estado de emergência social para Roraima. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, nesta quarta-feira (14), e tem relação com a entrada de milhares de refugiados da Venezuela ao Brasil, pela fronteira com o estado.
Leia também: Família Temer foi com funcionários para Marambaia no Carnaval
A declaração de Jungmann ocorreu após uma reunião com Temer e outros ministros no Palácio da Alvorada. O ministro da Defesa disse ainda que as Forças Armadas irão coordenar toda a ação humanitária em Roraima , além de permitir o repasse de recursos pelo governo federal.
"Será instituída a emergência social e as Forças Armadas passarão a coordenar todo a ação. O efetivo militar dará apoio às questões humanitárias, aumentando de 100 para 200 militares", disse Jungmann.
Além disso, para atender aos refugiados, será instalado no estado um hospital de campanha, com estrutura para cirurgias e salas de consultas médicas.
O ministro da Defesa ainda confirmou que novos postos de controle serão montados na fronteira do Brasil com a Venezuela para aumentar o trabalho de triagem dos imigrantes. Por fim, um helicóptero será utilizado para ajudar nas operações.
Leia também: Delegados ameaçam ir ao STF em caso de interferência em inquérito contra Temer
Fugindo da crise política e econômica na Venezuela, mais de 40 mil venezuelanos saíram do seu país e vivem atualmente em Boa Vista – número que representa cerca de 10% da população local, que totaliza cerca de 330 mil habitantes.
O governo brasileiro planeja receber todos que chegarem e distribuí-los em outras unidades federativas.
Temer diz que não descansará até resolver o problema
Na última segunda-feira (12), Michel Temer prometeu que o governo federal repassaria "todos os recursos necessários" para resolver a crise decorrente da migração de venezuelanos para o estado.
O presidente se disse "preocupado" com a entrada de imigrantes pela fronteira do estado e garantiu que "não vai descansar" até solucionar a questão – que, em seu entendimento, "aflige" não só aos roraimenses, mas a todo o Brasil.
Leia também: Temer promete verbas e diz que "não vai descansar" até resolver crise em Roraima
"Quero registrar em letras garrafais que não descansarei enquanto não resolver os problemas de Roraima. Estou preocupado, naturalmente, com esse afluxo intenso de venezuelanos, que cria problemas para o estado, mas certa e seguramente vai criar problemas para outros estados se nós não tomarmos algumas medidas de natureza federal", destacou o presidente.
* Com informações da Agência Ansa.