O presidente da República, Michel Temer, recebeu, na manhã desta segunda-feira (15), o diretor-geral da Polícia Federal , Fernando Segóvia, no Palácio do Planalto . A reunião, que ocorreu fora da agenda oficial do presidente, serviu para que os dois tratassem de questões de segurança pública.
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Além de Michel Temer
e Fernando Segóvia, o subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, participou do encontro, que foi registrado na agenda do presidente após atualização. O assunto do encontro, porém, não foi atualizado ainda.
Ainda nesta segunda-feira, Temer também recebeu o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen.
A semana de trabalho do presidente começou ainda no domingo (14), quando ele esteve com ministros no Palácio da Alvorada para tratar do cenário econômico. Antes da reunião, Temer e os ministros fizeram uma caminhada de pouco mais de 1 quilômetro entre os palácios do Jaburu, onde Temer mora com sua família, e o Palácio da Alvorada.
Respostas à PF
Neste fim de semana, foi divulgado que todas as 50 perguntas que foram encaminhadas pela Polícia Federal ao presidente serão respondidas .
No caso, os questionamentos dizem respeito ao inquérito sobre um suposto esquema de corrupção no Porto de Santos. A investigação tem como ponto central um decreto que poderia ter favorecido uma empresa atuante no local.
Mesmo optando pela resposta de todas as questões, a defesa de Temer classifica algumas das perguntas como "impertinentes". As resoluções estão sendo preparadas pelo presidente e seu advogado, Antônio Claudio Mariz de Oliveiro.
A postura de Temer se difere da que foi vista no ano passado. Em junho, o presidente ignorou os questionamentos da PF e não respondeu a nenhuma das 82 perguntas que haviam sido realizadas em outro inquérito. As indagações de 2017 eram relativas às investigações do caso J&F sobre corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.
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"Da outra vez, também foi assim. O presidente não respondeu a nenhum questionamento porque avaliamos que tais perguntas não guardavam nenhuma relação com os fatos objeto daquele inquérito. Desta vez, consideramos que muitas indagações, de fato, não têm pertinência com este inquérito, mas vamos responder", disse o advogado de Michel Temer.