O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), participa de reuniões nesta quinta-feira (11) com objetivo de angariar apoio político para a proposta de reforma da Previdência
.
O parlamentar participou de café da manhã com líderes do PR e depois partiu para um almoço com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), em Florianópolis. "Já começamos o trabalho para a conquista dos votos. [...] Vamos tentar construir a participação dos governadores neste debate", afirmou Rodrigo Maia em suas redes sociais.
O empenho de Maia em buscar a aprovação de um projeto considerado fundamental pelo Planalto converge com as declarações feitas pelo democrata nesta semana. Em entrevista ao jornal O Globo , o deputado disse considerar a possibilidade de se candidatar à Presidência da República neste ano para encarnar o "defensor do legado" do presidente Michel Temer nas urnas.
Faltando pouco mais de um mês para a votação da reforma no plenário da Câmara, o que deve ocorrer no dia 19 de fevereiro, o governo ainda não garantiu o apoio necessário para a aprovação do pacote de mudanças nas regras para a aposentadoria. São necessários os votos de ao menos 308 parlamentares (dois terços da Câmara) para o projeto seguir para o Senado.
A princípio, as negociações em busca de votos ficaria concentrada na figura de Carlos Marun
(MDB), deputado licenciado e empossado no cargo de ministro da Secretaria de Governo
, responsável pela articulação política. Agora, Maia ganha papel de destaque nessa missão.
A reforma que parou
O texto da reforma está pronto para ir à votação desde maio do ano passado, quando o relatório elaborado pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA) foi aprovado na comissão especial da Câmara. Mas o projeto teve sua tramitação interrompida por conta do surgimento das acusações de executivos do grupo J&F contra o presidente Temer.
Após a Câmara negar o prosseguimento das duas denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o peemedebista, o Planalto voltou à carga para tentar a aprovação do texto, mas esbarrou na falta de apoio de sua base desgastada justamente por conta dessas votações contra as investigações pedidas por Rodrigo Janot.
Leia também: Em SP, Temer saberá de médico se terá condições de ir ao Fórum Mundial de Davos