Michel Temer e o ministro Carlos Marun vêm traçando estratégias para obter apoio para a reforma da Previdência
Alan Santos/PR - 15.12.17
Michel Temer e o ministro Carlos Marun vêm traçando estratégias para obter apoio para a reforma da Previdência

O presidente Michel Temer recebe nesta terça-feira (26) no Palácio do Planalto o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Marcada para as 15h da tarde, a reunião tem como objetivo traçar estratégias para buscar o apoio de deputados à reforma da Previdência ainda durante o recesso do Poder Legislativo .

Marun foi  alçado ao posto de articulador político de Michel Temer justamente com a missão de ajudar a aprovar o pacote de mudanças nas regras para a aposentadoria, e deve peregrinar pelo País para dialogar com deputados no mês de janeiro.

Nesse domingo (24), em plena véspera de Natal, o presidente Temer aproveitou seu pronunciamento em rede nacional de rádio e TV para pressionar os congressistas a defenderem a reforma da Previdência , considerada pelo Planalto um projeto fundamental para o equilíbrio das contas públicas.

"Não é questão ideológica ou partidária. É uma questão do futuro do País e para garantir que os aposentados de hoje e de amanhã possam receber suas pensões", disse Temer no vídeo.

Assim como havia feito durante reunião do Mercosul na semana passada , o presidente voltou a exaltar a aprovação da reforma da Previdência na Argentina para defender que o mesmo aconteça no Brasil.

"O nosso país vizinho, num gesto consciente e de união pelo país, deu exemplo e acaba de aprovar sua reforma. Tenho plena convicção de que os nossos parlamentares darão seu voto e o seu aval para que isso também aconteça por aqui. Tenho certeza que eles não faltarão, como não faltaram nunca, ao nosso País", apelou o presidente no pronunciamento de Natal. 

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A reforma que parou 

O texto da reforma está pronto para ir à votação desde maio, quando o relatório elaborado pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA) foi aprovado na comissão especial da Câmara. Mas o projeto teve sua tramitação interrompida por conta do surgimento das acusações de executivos do grupo J&F contra o presidente Temer.

Após a Câmara negar o prosseguimento das duas denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o peemedebista, o Planalto voltou à carga para tentar a aprovação do texto, mas esbarrou na falta de apoio de sua base desgastada justamente por essas votações contra as investigações pedidas por Rodrigo Janot.

A reforma da Previdência precisa do apoio de ao menos 308 deputados para ser aprovada no plenário e seguir para o Senado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agendou a votação para o dia 19 de fevereiro, após o carnaval de 2018.

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