Em nota, a assessoria de Gilmar Mendes afirmou que áudio conta com
Nelson Jr./TSE - 5.12.17
Em nota, a assessoria de Gilmar Mendes afirmou que áudio conta com "graves acusações caluniosas" ao ministro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, solicitou ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, a instauração de um processo para investigar a acusação de corrupção feita contra ele. Em áudio que circulou neste sábado (23) nas redes sociais, um homem que se apresenta como juiz que acompanha o processo do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, criticou a decisão de Gilmar.

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Na gravação, o homem afirma que "a mala foi grande", insinuando que o ministro teria recebido dinheiro em troca da decisão. Na quarta-feira (20), Gilmar Mendes determinou a libertação de Garotinho e do presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigos. Eles haviam sido presos no fim de novembro após decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).

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Em nota, a assessoria do ministro afirma que no áudio "são feitas graves acusações caluniosas à sua pessoa e às recentes decisões" e que "o ministro Gilmar reitera que suas decisões são pautadas pelo respeito às leis e à Constituição Federal". O ministro também pediu que o Corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio Noronha, tome providências sobre a gravação.

De acordo com o comunicado, o fato também foi informado ao corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares. Garotinho é acusado de corrupção e compra de votos. No áudio, o homem afirma estar recebendo ameaças. "Vocês não sabem da missa a metade do que eu estou passando aqui em Campos [dos Goytacazes, cidade do Rio]", disse.

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No sábado, Gilmar Mendes também suspendeu as medidas cautelares contra Rosinha Garotinho, também ex-governadora do Rio de Janeiro, e a liberou do recolhimento noturno e do uso da tornozeleira eletrônica por entender que as ações são desproporcionais. O juiz a quem é atribuído o áudio que circulou na internet foi procurado pela Agência Brasil, mas nenhum contato foi efetuado até a publicação desta reportagem.

* Com informações da Agência Brasil.

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