O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu soltar a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, nesta segunda-feira (18). Assim, ela deve voltar a cumprir prisão domiciliar em substituição à prisão preventiva, em que se encontra atualment e. O ministro atendeu ao pedido de habeas corpus feito pela defesa dela.
Em novembro, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou que a ex-primeira-dama fosse transferida para o regime fechado. Antes da decisão, ela cumpriu medida cautelar de recolhimento domiciliar em seu apartamento no Leblon, zona sul do Rio, por ter filhos menores de idade.
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Vai e volta de Adriana
Já condenada a mais de 18 anos de prisão e ainda respondendo a outras ações penais na Justiça, Adriana foi e voltou à cadeia nos últimos meses. Ela esteve detida entre o fim do ano passado e o início deste. Em março de 2017, a ex-primeira-dama obteve autorização da Justiça para cumprir prisão domiciliar depois de alegar que seus filhos com Cabral (um com 11 e outro com 14 anos de idade) não deveriam ficar privados da convivência com os pais.
Contudo, o Ministério Público Federal alegou, em um novo pedido de restabelecimento da prisão preventiva, que a autorização para ela cumprir prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon, bairro nobre da zona sul do Rio, representa uma “enorme quebra de isonomia” num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício.
Assim, a Procuradoria sustentou ainda que a Justiça deve levar em conta a condição financeira da família de Adriana e Cabral, que consegue oferecer a seus filhos babás, professores particulares e orientadores pedagógicos na escola onde estudam. Além disso, segundo ressaltam os procuradores, os filhos do casal contam com a convivência de avós e acesso a psiquiatras.
Desse modo, Adriana Ancelmo voltou a ser presa na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde também está preso seu marido, o ex-governador Sérgio Cabral, e outros políticos do Rio de Janeiro . Ela recebeu sentença de mais de 18 anos de reclusão por associação criminosa e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Calicute, da Polícia Federal, um desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga desvio de recursos públicos em obras realizadas pelo governo fluminense com empreiteiras no estado do Rio de Janeiro.
*Com informações da Agência Brasil