O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi eleito presidente nacional do PSDB neste sábado (9) durante a 14ª convenção nacional do partido, que aconteceu em Brasília, e teve início por volta das 9h da manhã. Ele foi eleito com 470 votos a favor, três contra e uma abstenção. O governador de Goiás, Marcos Perillo, será o primeiro vice-presidente da sigla.
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Fui eleito com 470 votos a favor e apenas 3 contra. O partido está unido por um Brasil que precisa mudar.
— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) 9 de dezembro de 2017
Alckmin proferiu um discurso no início da tarde de hoje, logo após seu nome ser confirmado para a presidência do partido. Durante sua fala, prometeu "uma agenda moderna, do século XX", e não perdeu a chance de atacar o Partido dos Trabalhadores (PT).
“Temos a competência para ajudar o Brasil e unir o Brasil. A ilusão petista acabou em pesadelo. É hora de olhar para frente com esperança”, disse.
O governador chegou ao Centro de Convenções Brasil 21, onde foi realizada a convenção, por volta das 11h40, acompanhado do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, sendo recebido com um abraço caloroso do presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, e também apareceu ao lado do afilhado político, João Doria, com quem chegou a trocar ‘farpas’ em torno de quem disputaria a Presidência da República do ano que vem pelo partido.
Governador Geraldo Alckmin chega à Convenção Nacional do PSDB https://t.co/hxAUfjRVED
— PSDB (@Rede45) 9 de dezembro de 2017
Mais cedo, Goldman assumiu um tom agressivo em seu discurso no evento, afirmando que “a era do PT, que começou com Lula, está acabando”. Ele também defendeu "a unificação do partido e destaca a importância de alavancar a imagem do partido como instrumento de renovação da política brasileira".
Durante a Convenção Alberto Goldman enfatiza a unificação do partido e destaca a importância de alavancar a imagem do partido como instrumento de renovação da política brasileira. pic.twitter.com/8du0V9AJS0
— PSDB (@Rede45) 9 de dezembro de 2017
Sobre a participação do partido no governo de Michel Temer (PMDB), o presidente interino do PSDB ainda defendeu a saída de Luislinda Valois da Secretaria dos Direitos Humanos. Antônio Imbassahy (BA) já deixou a Secretaria do Governo na sexta-feira (8), assim como Bruno Araújo, que 'desembarcou' do Ministério das Cidades no mês passado.
O evento
Além do presidente nacional, a convenção que acontece em Brasília irá eleger a nova Executiva e Diretório do partido. Participarão do encontro os membros do Diretório Nacional, delegados dos Estados e do Distrito Federal, assim como os representantes do PSDB na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. No evento, serão eleitos ainda os membros do Conselho Nacional de Ética e Disciplina.
"Unificação" do PSDB
A escolha pelo governador paulista para a presidência da sigla é vista entre os dirigentes tucanos como a melhor alternativa para unificar o partido, que conviveu na maior parte do ano com um racha interno acerca do apoio ao governo de Michel Temer (PMDB).
No final de novembro, o governador paulista defendeu a reunificação peessedebista antes do pleito de 2018. "Precisamos unir o PSDB para servir ao Brasil", declarou Alckmin durante evento no Recife, em Pernambuco, para lançar sua pré-candidatura à Presidência da República.
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A ideia de alçar Alckmin à presidência do partido também foi defendida por FHC logo após o presidente tucano licenciado, senador Aécio Neves (MG), decidir destituir Tasso da liderança interina do partido , no início deste mês. Na ocasião, Aécio indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para conduzir o partido até a realização da convenção nacional tucana no mês que vem.