O ex-ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, se entregou à Polícia Federal em Brasília nesta terça-feira (28). Ele estava foragido desde a semana passada, quando teve sua prisão decretada pela Justiça de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro. A ordem de prisão foi dada na mesma investigação que prendeu os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho , no dia 22 de novembro. Anteriormente, Rodrigues negava se entregar.
O Ministério Público Eleitoral do Rio acusa o agora ex-foragido de negociar com o frigorífico JBS o pagamento de propinas para financiar a campanha eleitoral de Garotinho ao governo do Rio, em 2014. A denúncia surgiu a partir da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista e do executivo do grupo J&F, Ricardo Saud.
A defesa de Rodrigues, atual presidente nacional do PR, já havia entrado com pedidos de liberdade no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas até esta terça eles ainda não foram analisados.
Antes de se entregar, a defesa do ex-ministro declarou que Rodrigues não pretendia se entregar , afirmando que seu cliente não se submeteria “ às mazelas e humilhações do cárcere” antes das decisões dos tribunais superiores. Os advogados responsáveis, Daniel Bialski e Marcelo Bessa, disseram ainda que "a medida [da prisão] preventiva é desproporcional, desnecessária e inexiste motivação para sua decretação e continuidade".
Já acusado de corrupção
De São Paulo, Antônio Carlos Rodrigues foi vereador por três mandatos de 2001 a 2013 na capital paulista. Em 2012, ele e e outros vereadores foram acusados de participarem de um esquema para fraudar o ponto de presença das sessões da Casa.
De 2012 a 2014, ele serviu como senador suplente de Marta Suplicy , assumindo o cargo enquanto ela era ministra do Turismo. Em seguida, Rodrigues foi o último ministro dos Transportes do governo de Dilma Rousseff , de janeiro de 2015 a maio de 2016.
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O agora ex-foragido, Rodrigues assumiu a presidência do PR em maio de 2016.