Operação Lava Jato: Aldemir Bendine esteve à frente do BB, de 2009 a 2015, e foi presidente da Petrobras de 2015 a 2016
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Operação Lava Jato: Aldemir Bendine esteve à frente do BB, de 2009 a 2015, e foi presidente da Petrobras de 2015 a 2016

O juiz federal Sérgio Moro autorizou nesta segunda-feira (27) a transferência do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine para o Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba. Bendine está preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense desde julho, quando foi preso a partir das investigações da Operação Lava Jato.

Bendine presidiu o Banco do Brasil de abril de 2009 a fevereiro de 2015 e a Petrobras, até maio de 2016. Em delação feita pelo empresário Marcelo Odebrecht, ele foi citado como um dos beneficiários de pagamento de vantagens indevidas nos esquemas da Operação Lava Jato .

No depoimento prestado no início do mês ao juiz Moro, Marcelo Odebrecht disse que autorizou repasse de R$ 3 milhões a Bendine . O empresário foi interrogado pelo magistrado na ação penal em que Bendine e ele são acusados do crime de corrupção. Após o depoimento, a defesa de Bendine considerou o depoimento como ilação e disse que Marcelo reconheceu não ter recebido diretamente cobrança de vantagens.

Denúncia

Aldemir Bendine foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, em episódios relacionados a contratos da Petrobras com a construtora Odebrecht . Ele também é acusado de tentar embaraçar as investigações da operação.

Bendine também foi citado na delação premiada do ex-diretor da Odebrecht, Fernando Ayres da Cunha Santos. Ele e Marcelo foram apontados como “operadores” intermediários e representantes dos interesses de Bendine.

Além dos depoimentos prestados nos acordos de delação premiada de ex-executivos da empreiteira, a identificação de e-mails enviados por Bendine a dirigentes da Odebrecht também endossou a denúncia da força-tarefa da Lava Jato. As mensagens indicam movimentações do então presidente da Petrobras em favor da empreiteira.

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Caso Bendine seja condenado pelos crimes listados, sua pena poderá chegar a 25 anos de prisão. O publicitário André Gustavo Vieira da Silva, apontado como 'emissário' de Bendine na cobrança de propina da Odebrecht, e que foi preso na mesma fase que o ex-presidente da Petrobras, também foi denunciado pelos mesmos crimes.

Além de Aldemir Bendine e do publicitário André Gustavo, também foram denunciados na Operação Lava Jato outras quatro pessoas, entre elas o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht.

* Com informações da Agência Brasil

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