Rodrigo Maia disse que o governo não desistiu da reforma e que não vai deixar se empenhar para conseguir aprová-la
Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados - 22.3.17
Rodrigo Maia disse que o governo não desistiu da reforma e que não vai deixar se empenhar para conseguir aprová-la

Após uma reunião com Michel Temer , o presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou nesta quarta-feira (8) que não vai colocar o texto que propõe a reforma da Previdência na pauta do plenário, enquanto a proposta não conquistar o número de votos suficientes para ser aprovada.

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“Se tiver voto, dá pra votar amanhã, mas não tem voto", disse Rodrigo Maia . "Não podemos ter a irresponsabilidade de pautar de qualquer jeito pra perder, porque essa seria uma sinalização muito ruim para a sociedade brasileira, a de que não conseguimos acabar com a transferência de renda que existe hoje, dos que ganham menos para os que ganham mais”, afirmou.

Por ser uma emenda constitucional, a reforma da Previdência precisa pelo menos de 308 votos favoráveis entre os 513 deputados, em dois turnos de votação.

Para a imprensa, Maia aproveitou para ressaltar que o governo não desistiu da reforma e que não vai deixar se empenhar para conseguir aprovar as mudanças na Previdência. Destacou, no entanto, que ainda é necessário definir com as lideranças partidárias a forma como a proposta será analisada na Câmara e se poderá ser apresentada em outro formato de proposição legislativa que dependa de menos votos.

“O que está se discutindo, primeiro é de que forma se consegue votar a reforma da Previdência. A matéria vai ser discutida com os líderes, sabendo que eles estão hoje com uma posição contrária. Qual texto será aprovado? Vamos discutir, e quando isso estiver organizado, vamos a plenário com o texto que é possível", disse.

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"Não sei se é um texto maior ou menor, o importante é que temos que construir as condições para aprovar a matéria, para possamos reduzir a grande desigualdade na Previdência brasileira”, afirmou.

O texto da reforma que foi aprovado na comissão especial, e aguarda votação do plenário desde o primeiro semestre, estabelece idade mínima para a aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, com tempo de mínimo de 25 anos de contribuição. Para receber o benefício integral a que tem direito, o trabalhador terá que contribuir para a Previdência Social por 40 anos.

Última tacada do governo

Na reunião desta quarta-feira, participaram, além de Michel Temer e Rodrigo Maia, líderes da base governista , o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles e outros integrantes da equipe econômica e política do governo. O encontro é visto como uma última tacada do governo em relação ao assunto.

* Com informações da Agência Brasil.

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