A delação de Lúcio Funaro, considerado operador do PMDB, foi uma "encomenda remunerada" de Rodrigo Janot a Joesley Batista, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. A afirmação foi feita neste domingo (15), por meio de publicação no Twitter.
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Na próxima terça-feira (17), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara começará a discussão da segunda denúncia do ex-procurador-geral da República contra Michel Temer – da qual faz parte a delação de Funaro –, baseada em situações de organização criminosa e obstrução de justiça. A primeira denúncia, que alegava corrupção passiva, foi derrubada pela Câmara.
"Como o objetivo da dupla Joesley
e Janot era derrubar Michel Temer, após a derrota na 1ª denúncia, só um fato novo justifica a segunda flecha", afirmou Moreira Franco por meio da rede social. "Seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley pagava", acrescentou.
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Delação de Funaro
Os depoimentos referentes à delação premiada de Lúcio Funaro tornaram-se públicos nos últimos dias. Temor reagiu por meio de seu advogado Eduardo Carnelós, que, por meio de nota, classificou o caso como um "criminoso vazamento".
Apesar de ter sido apontado como vazamento pelo advogado do presidente, os vídeos haviam sido enviados pelo Supremo Tribunal Federal a Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, no mês de setembro. Com isso, foi realizada a publicação dos materiais no site oficial da Câmara. Os vídeos estão inclusos em uma lista de arquivos ligados à nova denúncia contra Temer.
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Nos conteúdos divulgados, Funaro acusa a existência de um esquema de propina que envolveria o presidente e alguns de seus aliados, além do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O operador também conta as razões para ter visitado o advogado José Yunes, ex-assessor de Temer, em seus escritório. De acordo com ele, a visita foi realizada com o intuito de buscar R$ 1 milhão que deveria ser entregue a Geddel Vieira Lima.