O líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá
, foi internado nesse domingo (1º) no Hospital Unimed de Boa Vista (RR) com febre alta e suspeita de apendicite.
A equipe do senador Romero Jucá informou nesta segunda-feira (2) que o parlamentar passou por exames e foi diagnosticado com diverticulite, doença que causa inflamações no intestino (cólon). Ele ainda deve passar por exames complementares e não foi informada previsão de alta médica.
Ex-ministro do governo Temer, Jucá viu na última quinta-feira (28) seus filhos e enteados serem alvos de operação da Polícia Federal que apura desvio de R$ 32 milhões por meio de transações envolvendo a Caixa Econômica Federal e projeto do programa Minha Casa Minha Vida.
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Jucá na mira da PF e PGR
Presidente nacional do PMDB, Jucá é homem de confiança do presidente Michel Temer e foi ministro de Planejamento do atual governo. Ele deixou o cargo pouco mais de uma semana após ser nomeado devido ao escândalo desencadeado pela gravação de uma conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O diálogo significou o primeiro grande escândalo político do governo Temer e ficou marcado pelas frases em que Jucá sugere um "grande acordo nacional" para "estancar a sangria" das investigações da Operação Lava Jato.
O senador é alvo de inquéritos ainda em fase de investigação no âmbito das operações Lava Jato e Zelotes que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). O peemedebista já foi denunciado três vezes pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
As denúncias contra Romero Jucá envolvem recebimento de R$ 150 mil em propina da Odebrecht para aprovar medidas provisórias de interesse da empreiteira; desvios em contratos da Transpetro, a subsidiária de gás natural da Petrobras; e envolvimento em esquema de manipulação em julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
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