Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) negou ter participado de movimentos para forçar saída de Michel Temer
Beto Barata/PR - 25.7.2017
Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) negou ter participado de movimentos para forçar saída de Michel Temer

Depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) a segunda denúncia contra Michel Temer, o peemedebista iniciou uma série de reuniões com aliados para traçar sua estratégia de defesa política. Na manhã deste domingo (17), ele se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Leia também: Após delatar Lula, Antonio Palocci poderá ser expulso do PT

De acordo com informações publicadas pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, Maia chegou ao Palácio do Jaburu – residência oficial de Michel Temer em Brasília – por volta das 10h06 e lá permaneceu por aproximadamente 40 minutos, tendo deixado o local por volta das 11h deste domingo. A pauta da reunião não foi divulgada.

Rodrigo Maia é o próximo nome na linha sucessória da Presidência da República – ou seja, assumirá o cargo em caso de afastamento de Temer. Em agosto, depois de a Câmara decidir arquivar a primeira denúncia da PGR contra o presidente, pelo crime de corrupção passiva, Maia declarou que nunca conspirou contra Temer e que teria sua “biografia manchada” caso agisse dessa maneira .

Ainda segundo o “Estadão”, a expectativa é de que Temer tenha outras reuniões com aliados do governo ao longo de todo o dia de hoje. Apesar da movimentação intensa nos bastidores, o presidente optou por não dar um pronunciamento após o envio da segunda denúncia contra ele. A estratégia é diferente da que foi adotada após a primeira acusação de Janot.

No sábado (16), o presidente se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, o tucano Aloysio Nunes Ferreira. Entre os itens da pauta estavam os preparativos do governo para a viagem de Temer a Nova York, a partir de amanhã, para a cerimônia de abertura da assembleia-geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segunda denúncia de Janot

Na última quinta-feira (14), Rodrigo Janot apresentou ao STF a segunda denúncia contra o presidente da República , desta vez pelos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa junto a integrantes do chamado "quadrilhão do PMDB na Câmara".

O ról de acusados por organização criminosa inclui, além do presidente, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral); os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves; o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-assessor especial de Temer Rodrigo Rocha Loures.

Já em relação ao crime de tentativa de obstrução à Justiça, Michel Temer é acusado junto ao empresário Joesley Batista  e ao ex-executivo do Grupo J&F Ricardo Saud. A denúncia se baseia na suposta tentativa do presidente em tentar evitar a assinatura de acordos de colaboração premiada do lobista Lúcio Funaro e de Eduardo Cunha com a PGR.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!