O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, foi transferido, na manhã desta sexta-feira (15), de Brasília para São Paulo em um avião da Polícia Federal (PF).
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De acordo com o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kaykay, que trabalha na defesa de Joesley Batista , tal transferência não foi feita a pedido da defesa do empresário, mas a pedido da própria PF.
A aeronave que levou o empresário para São Paulo decolou por volta das 9h do aeroporto de Brasília e pousou na capital paulista perto das 11h. De acordo com PF, Joesley foi para São Paulo para prestar um depoimento e deve retornar ainda nesta sexta para a capital federal.
Os policiais, no entanto, não souberam informar se o motivo do deslocamento seria uma oitiva na superintendência da capital paulista ou uma audiência de custódia, que seria feita na Justiça Federal.
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Como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin , transformou a prisão temporária de Joesley e Ricardo Saud em preventiva, o mais provável, segundo a PF, é que o empresário participe de uma audiência de custódia.
Joesley está preso desde o último domingo (10) por ordem de Fachin. O magistrado acolheu um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que solicitou a prisão com o argumento de que o empresário, que é delator da Lava Jato, omitiu do Ministério Público informações importantes em seus depoimentos.
Delação premiada
O advogado
de Joesley e Saud, Kakay, disse que orientou os dois a ficarem calados em razão da possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rescindir o acordo de delação premiada firmado com o empresário, o que acabou se confirmando depois.
Janot rescindiu o acordo de delação premiada que dava imunidade para os dois em troca de informações e incluiu Joesley Batista e Ricardo Saud na denúncia apresentada no final da tarde contra o presidente Michel Temer pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.
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* Com informações da Agência Brasil.