Polícia Federal já contabiliza R$ 33 milhões em imóvel atribuído a Geddel

Dinheiro foi encontrado pela PF em apartamento localizado em Salvador; segundo a Justiça, valor é oriundo de crimes na Caixa Econômica Federal

Dinheiro foi localizado pela Polícia Federal em imóvel que seria utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima
Foto: Divulgação
Dinheiro foi localizado pela Polícia Federal em imóvel que seria utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima

A Polícia Federal já contabilizou mais de R$ 33 milhões no montante encontrado em um apartamento em Salvador (BA) supostamente ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima  (PMDB). Até o início da noite desta terça-feira (5), a contagem do dinheiro ainda não havia terminado.

O dinheiro foi encontrado na manhã de hoje pela Polícia Federal , durante a Operação Tesouro Perdido – que é a terceira fase da Operação Cui Bono – em um apartamento no bairro da Graça, área nobre da capital baiana.

De acordo com a Justiça Federal, o local era utilizado por Geddel para armazenar dinheiro obtido em crimes relacionados à manipulação de créditos e recursos na Caixa Econômica Federal. Oficialmente, o imóvel pertence a Silvio Silveira, que o teria emprestado a Geddel para guardar, supostamente, pertences do pai do ex-ministro, morto em janeiro do ano passado.

Geddel Vieira Lima cumpre, atualmente, prisão domiciliar no apartamento da família na Barra, outro bairro nobre de Salvador. Como o estado da Bahia não dispõe de tornozeleira eletrônica, o ex-ministro cumpre a pena sem o equipamento de monitoramento. A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia informou que o contrato com a empresa fornecedora das tornozeleiras prevê a entrega do equipamento até o próximo dia 20.

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O peemedebista ocupou a Secretaria de Governo da Presidência da República no ano passado, logo após a posse de Michel Temer . Ele deixou o cargo após ser acusado de pressionar o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, a liberar uma obra de seu interesse em Salvador. Calero disse à época, em novembro do ano passado, que foi "pressionado" em diversas ocasiões por Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) liberasse a construção de um empreendimento imobiliário nos arredores de uma área tombada na capital baiana. O então articulador político de Temer tem um apartamento comprado no mencionado prédio.

Relatos anteriores

Em pedido de prisão preventiva apresentado em julho pelo MPF (Ministério Público Federal), os procuradores já haviam mencionado depoimento de Lúcio Funaro em que o lobista relatou aos investigadores ter entregado malas de dinheiro a Geddel.

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"[Funaro] fez várias viagens em seu avião ou em voos fretados, para entregar malas de dinheiro para Geddel Vieira Lima. Essas entregas eram feitas na sala VIP do hangar Aerostar, localizada no aeroporto de Salvador (BA), diretamente nas mãos de Geddel", transcreveu a Polícia Federal. "Realmente, em duas viagens que fez, uma para Trancoso (BA) e outra para Barra de São Miguel (BA), o declarante [Lúcio Funaro] fez paradas rápidas em Salvador (BA) para entregar malas ou sacolas de dinheiro para Geddel Vieira Lima."


* Com informações da Agência Brasil