Justiça mineira mantém condenação de Eduardo Azeredo em segunda instância em caso do mensalão tucano
Elza Fiúza/ABr
Justiça mineira mantém condenação de Eduardo Azeredo em segunda instância em caso do mensalão tucano

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve,  em segunda instância, a condenação do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) no processo do mensalão mineiro. o ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do PSDB foi denunciado por envolvimento em um esquema de corrupção voltado para beneficiar sua campanha de reeleição ao governo mineiro em 1998.

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O julgamento de Eduardo Azeredo , feito por três desembargadores, teve início nesta terça-feira (22) e se estendeu até a madrugada desta quarta-feira (23). A pena do ex-governador, que era de 20 anos e dez meses foi levemente reduzida para 20 anos e um mês de prisão.

Os magistrados, no entanto, não determinaram a prisão de imediato do tucano, por entender que antes é preciso exaurir todos os recursos no TJMG.

Segundo as investigações, Azeredo teria desviado cerca de R$ 3 milhões de três estatais mineiras: a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e o extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), durante sua campanha. Na ocasião, perdeu o pleito para Itamar Franco (PMDB).

De acordo com a denúncia, os recursos das estatais teriam sido transferidos para empresas do publicitário Marcos Valério, operador do esquema. Os valores seriam supostamente destinados ao patrocínio do evento Enduro Nacional da Independência, mas a movimentação ocorreu sem nenhuma licitação e nem formalização de contrato administrativo.

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A denúncia foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República em 2007, quando o tucano era senador. Em 2010, ele foi eleito deputado federal e exerceu o mandato até renunciar em 2014. O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que ele não tinha mais foro privilegiado e decidiu encaminhar a ação à Justiça mineira.

Primeira instância

Na condenação em primeira instância, a pena de  20 anos e 10 meses de prisão foi determinada por peculado e lavagem de dinheiro. A defesa do ex-governado entrou com recurso e o tucano aguardou o julgamento em liberdade. O Ministério Público de Minas Gerais também recorreu, pedindo aumento da pena. No entanto, a pena foi reduzida em 9 meses.

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* Com informações da Agência Brasil.

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