Segundo Michel Temer, sistema semipresidencialista já foi discutido com presidentes do Congresso
Beto Barata/PR - 21.8.2017
Segundo Michel Temer, sistema semipresidencialista já foi discutido com presidentes do Congresso

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (21), o presidente Michel Temer (PMDB), afirmou que considera o semipresidencialismo como um sistema “extremamente útil” para o Brasil. Segundo o peemedebista, o assunto já tem sido discutido com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Gilmar Mendes.

Leia também: Em nova gafe, Temer confunde Paraguai e Portugal em discurso oficial

No semipresidencialismo, modelo considerado como adequado por Michel Temer , o país possui um primeiro-ministro, mas ainda há um presidente que mantém a força política. “Minha experiência tem revelado que seria útil. Temos conversado muito sobre isso. Se vai dar certo ou não, não sabemos, mas temos conversado sobre isso como uma das hipóteses muito úteis para o Brasil”, afirmou o presidente.

Temer disse ainda que a equipe do Planalto irá “alongar esses estudos para verificar qual o melhor momento da sua aplicação e eficácia”. A entrevista foi concedida no Palácio do Itamaraty, onde ofereceu almoço ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes.

Leia também: Votar impeachment de Temer traria instabilidade política ao País, diz Maia

Questionado se a reforma política como está posta é coerente, o presidente respondeu que essa é uma matéria de atuação do Congresso Nacional. “Ela está sendo feita pelo Congresso Nacional. Quando falo dessa matéria, estou dizendo que essa matéria é típica da atuação do Congresso Nacional. [É] o Congresso que vai decidir isso”, respondeu.

Tucanos no governo

Quando os jornalistas perguntaram se os ministros do PSDB irão permanecer no governo, Temer respondeu que eles estão “bem nos cargos” e “colaboram muito”. Desde a votação no dia 2 de agosto em que foi arquivada a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer na Câmara dos Deputados, partidos da base aliada têm pressionado o governo para obter ministérios atualmente ocupados por tucanos, pois o PSDB votou dividido na apreciação da denúncia.

Dos 47 deputados tucanos, 22 votaram pelo arquivamento da denúncia, 21 pela investigação e quatro se ausentaram. Atualmente, o PSDB tem quatro ministérios.

Leia também: Câmara analisa nesta semana "distritão" e financiamento público de campanhas

Sobre um possível retorno do senador Aécio Neves (MG) à presidência do PSDB, hoje ocupada interinamente por Tasso Jereissati, Michel Temer disse que essa é uma questão interna do partido. “Eu já declarei especificamente que eu não me meto nas questões internas do partido. Cada partido decide por conta própria”. Aécio Neves se afastou da presidência do partido em maio.


* Com informações da Agência Brasil

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!