O ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PTdoB-SP) foi preso temporariamente, nesta sexta-feira (18), em uma nova fase da Operação Lava Jato, em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, ele apadrinhava um grupo criminoso que influenciou na contratação de uma empresa estrangeira pela Petrobras, esquema que teria resultado no recebimento de "pagamentos indevidos".
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Vaccarezza foi líder do PT na Câmara dos Deputados durante os governos do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma. Em 2016, ele anunciou seu desligamento do partido e se filiou ao PTdoB.
De acordo com a Rede Globo , a prisão do ex-deputado é válida por cinco dias e ele é acusado de ter sido o principal beneficiário de US$ 500 mil em propina que eram destinados ao PT.
Ainda segundo a reportagem, também foram beneficiados pelo pagamento de propina o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que se tornou delator da Operação Lava Jato .
Em 2015, o ex-líder do PT na Câmara foi indiciado pela PF por corrupção passiva. Na época, os indiciados pela polícia foram o ex-deputado, que teria recebido valores quando parlamentar do PT-SP do doleiro Alberto Youssef, principal delator da Lava Jato, e os deputados federais Vander Loubet (PT-MS) e Nelson Meurer (PP-PR).
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O inquérito 3990 constatou, diz a PF, indícios de crime de corrupção passiva praticados pelo ex-congressista e pelos parlamentares. Os dois últimos também foram indiciados por lavagem de dinheiro.
Operações paralelas no Rio e em SP
Essa é a 44ª fase da Operação Lava Jato. Apelidada de Operação Abate, a ação visa desarticular tal grupo apadrinhado pelo político. Paralela a ela, é deflagrada a 43ª fase, chamada de Operação Sem Fronteiras, no Rio de Janeiro.
Estão sendo cumpridos 46 mandados judiciais, sendo 29 de busca e apreensão, 11 de condução coercitiva e seis de prisão temporária na capital paulista e Santos, em São Paulo , e no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, a PF realiza duas operações da Lava Jato no mesmo dia.
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* Com informações da Agência Brasil.