Ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine foi preso na 42ª fase da Operação Lava Jato
Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados - 14.10.15
Ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine foi preso na 42ª fase da Operação Lava Jato

O juiz Sérgio Moro atendeu a pedido da Polícia Federal nesta sexta-feira (4) e autorizou a transferência de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, da carceragem da Superintendência da PF em Curitiba para o Complexo Médico Penal em Pinhais. Bendine foi preso no dia 27 de julho , na 42ª fase da Operação Lava Jato. 

O delegado Igor Romário de Paula havia alegado nesta manhã que há dificuldades para manter Aldemir Bendine separado do empreiteiro Marcelo Odebrecht, responsável direto pelas investigações contra o ex-chefe da Petrobras.

"Na mesma estrutura de carceragem estão custodiados vários presos da Operação Lava Jato que, por razões de segurança ou por serem réus colaboradores, foram mantidos nesta unidade, dentre eles um colaborador que contribuiu efetivamente para as investigações desta última fase. [...] A necessidade de manter a separação de presos na situação acima mencionada têm limitado demasiadamente as alternativas de adequação segura dos presos", apontou a PF.

Moro ressaltou em sua decisão que as instalações da ala reservada ao presos da Lava Jato no Complexo Médico Penal em Pinhais "são bastante adequadas, ainda que não perfeitas". Ainda assim, o juiz fez questão de ressaltar que "não houve notícia de qualquer incidente contra a integridade física dos presos ali mantidos em três anos de Lava Jato".

Nos aposentos da Polícia Federal em Curitiba, Bendine e Odebrecht chegaram a se esbarrar logo na chegada do outrora homem de confiança de Dilma Rousseff, segundo informou a jornalista Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de S.Paulo . O empreiteiro fazia reunião com seus advogados no momento em que Bendine era encaminhado à sua cela.

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Prisão de Bendine

O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil é acusado de ter recebido ao menos R$ 3 milhões de propina em espécie da empreiteira Odebrecht para não prejudicar a empresa em futuras contratações.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Aldemir Bendine ainda teria solicitado outros R$ 17 milhões de propina à empreiteira quando ainda era presidente do Banco do Brasil, em troca da atuação para rolar uma dívida da Odebrecht Agroindustrial. Os valores teriam sido intermediados por outros dois investigados, que também tiveram o período de prisão convertido.

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