Os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Roberto Requião (PMBD-PR) trocaram ofensas por meio de vídeos nas redes sociais. A discussão começou na ultima sexta-feira (28), quando Requião fez um vídeo comentando uma nota da revista "Veja" em que falava sobre uma suposta articulação de Jucá, líder do governo Michel Temer, para tentar retirá-lo do PMDB. No vídeo de resposta, Jucá chega a comparar o colega de partido a cães vira-latas.
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Segundo a revista, Romero Jucá, que é líder do governo Michel Temer e presidente nacional do PMDB , estaria arquitetando uma estratégia para tirar Roberto Requião e a também senadora Kátia Abreu do partido. Ainda de acordo com a reportagem, ele estaria procurando correligionários descontentes com a dupla para entrarem com representações contra ambos no Conselho de Ética do partido.
Em um dos vídeos gravados por Requião , o senador alfineta o colega afirmando que “a cachorrada ficou louca” quando ouviram o comentário de que ele poderia ser expulso do partido. “Romero Jucá, se eu solto meus cachorros atrás de você, vai ser bem mais sério que uma busca da Polícia Federal ou da Lava Jato”, ironizou.
Veja o vídeo que iniciou polêmica:
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Em resposta as provocações, Jucá afirmou em um vídeo publicado na noite do último domingo (30) que Requião estava “andando com muitos vira-latas, deve ser igual a eles”. O líder do governo disse ainda que não tem “medo de cara feia, nem de bravatas”.
E a resposta de Jucá:
“O senhor [Roberto Requião] disse que pode soltar os seus cachorros em cima de mim, solte. Eu não tenho medo, não devo nada, nem a Polícia Federal, nem a Lava Jato e não sou réu em nenhuma ação, diferente do senhor que é réu em muitas ações, aí no Paraná”, declarou.
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Operação Lava Jato
No âmbito da Operação Lava Jato, Romero Jucá é investigado em cinco inquéritos baseados em delações do empresário Marcelo Odebrecht e executivos do grupo Odebrecht. Já Roberto Requião foi citado na delação premiada de Ricardo Saud, diretor da empresa que controla a JBS. De acordo com o depoimento do executivo, o senador do PMDB foi um dos políticos beneficiados com propina paga pela JBS. Os dois senadores têm negado as acusações.