O MPF (Ministério Público Federal) pediu nesta quarta-feira (26) a condenação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento à organização criminosa. O pedido foi feito à 7ª Vara Federal Criminal do Estado nas alegações finais do processo da Operação Calicute.
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Sérgio Cabral é acusado pelo MPF de solicitar e receber vantagens indevidas por parte da empreiteira Andrade Gutierrez em obras como a expansão do Metrô, as duas reformas do Maracanã (para o Pan 2007 e a Copa de 2014), do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Favelas e da construção do Arco Metropolitano.
O ex-governador do Rio de Janeiro também é acusado de lavar dinheiro por meio de estratégias como a compra de joias. Além do peemedebista, o MPF pede a condenação da esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, pelos crimes de lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa.
Demais réus
Dos outros 11 réus na ação, o MPF pede a condenação por corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa para Wilson Carlos, Hudson Braga, Carlos Emanuel Miranda e Wagner Jordão e condenação por lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa para Luiz Carlos Bezerra, Pedro Ramos de Miranda, Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, José Orlando Rabelo, Luiz Paulo Reis, Carlos Jardim Borges e Luiz Alexandre Igaraya.
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Além da condenação à prisão, o MPF também requer a perda dos produtos e proveitos dos crimes, o arbitramento do dano mínimo a ser revertido em favor da União e do estado do Rio de Janeiro e a interdição do exercício de cargo ou função pública pelo dobro do tempo da pena de prisão.
Outros processos
Cabral já é réu em 12 processos relacionados às investigações conduzidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato . O ex-governador já foi condenado a mais de 14 anos de prisão por decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos em primeira instância na Operação Lava Jato. Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado no Rio de Janeiro por acusações de chefiar esquema criminoso envolvendo obras públicas no Rio de Janeiro durante o seu governo.
* Com informações da Agência Brasil