Presidente Michel Temer durante convenção nacional do PMDB em março do ano passado
Divulgação/PMDB - 12.3.16
Presidente Michel Temer durante convenção nacional do PMDB em março do ano passado

A direção nacional do PMDB decidiu punir os deputados da legenda que votarem pela admissibilidade da denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer. O direcionamento foi anunciado nesta quarta-feira (12) pelo presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR), e torna obrigatório para os peemedebistas votarem pela rejeição da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), seja na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)  ou no plenário da Câmara.

Os deputados que descumprirem a decisão da executiva do partido serão punidos com a suspensão preliminar de 90 dias de suas funções partidárias, como a participação em comissões, na bancada do partido e nos diretórios do PMDB .

Segundo Jucá, o fechamento de questão contra a denúncia da PGR foi aprovado por unanimidade pela executiva da legenda. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador anunciou que o líder da bancada peemedebista na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), está autorizado a afastar preliminarmente, por conta própria, qualquer parlamentar que votar pelo prosseguimento do processo contra Temer. 

"É uma decisão importante, que mostra a unidade da bancada federal e do nosso partido. Agora é votarmos contra essa denúncia, que é inépta, e fazer o nosso país caminhar", disse Rossi.

O fechamento de questão sobre o tema resulta numa situação inusitada. Isso porque o autor do parecer que recomendou a admissibilidade da denúncia  contra Temer na CCJ da Câmara , deputado Sérgio Zveiter (RJ), é filiado justamente ao PMDB.

Zveiter, desse modo, precisará votar contra seu próprio relatório para evitar uma punição de seu partido.

O parecer que recomenda a admissibilidade da denúncia começou a ser discutido nesta quarta-feira pelos integrantes da Comissão de Consitutição e Justiça da Câmara. Após a votação, o tema será levado ao plenário da Casa independentemente do resultado na CCJ. É preciso a autorização de ao menos dois terços dos parlamentares (342 deputados) para que a denúncia seja julgada pelo Supremo Tribunal Federal.

Primeiro presidente a ser denunciado por corrupção durante o exercício do mandato, Michel Temer é acusado pela PGR de ter autorizado seu ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) a receber dinheiro do grupo J&F em seu nome. 

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Jucá anunciou punição a deputados do PMDB que votarem contra Temer:



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