Após a condenação de 9 anos e 6 meses de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentada nesta quarta-feira (12) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, o assunto se espalhou rapidamente pela classe política.
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Opositores a apoiadores de Lula se manifestaram pelas redes sociais sobre a determinação que acusa o petista de crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro devido ao envolvimento do ex-presidente na compra de um tríplex no Guarujá, localizado no litoral paulista.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) se pronunciou via Twitter para comemorar a condenação, afirmando que "a justiça foi feita".
O senador licenciado José Anibal (PSDB-SP) também escreveu sobre o caso, referindo-se como essa sendo a primeira sentença de Lula, mas ressaltando que "antes, ele e o petismo sentenciaram milhões de brasileiros ao desemprego e desesperança: quebraram o país".
Anibal ainda fez duras críticas ao petista, relacionando os casos de corrupção na Petrobras com o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente. "Falei da crise no Rio, onde Lula liderou a corrupção que quase quebrou a Petrobras. O Rio perdeu bilhões em desemprego, tributos e investimentos", postou.
O representante do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), também ficou animado com a condenação. Para ele, essa é só a primeira dos quatro outros processos contra Lula que estão em andamento.
Caiado ainda se referiu ao ex-presidente como "chefe da quadrilha" e parabenizou Moro por "mais um excelente trabalho".
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Solidariedade
No entanto, políticos filiados ao PT e outras autoridades lamentaram o ocorrido. A presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) criticou a atitude do juiz, em sua rede social.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini (SP) também repudiou a atitude de Moro, afirmando que a decisão é "estritamente política, para prejudicar candidatura de Lula em 2018". O deputado ainda convocou a população de todo o país para protestar contra a condenação. "Agora é o povo na rua!", proclamou.
Aos poucos, atos em solidariedade ao ex-presidente estão sendo marcados. Por enquanto, apenas dois estados e o Distrito Federal já confirmaram os encontros, que serão feitos, na capital paulista, às 17h, em frente ao Masp, em Salvador, no Campo da Polvora, às 15h, e em Brasília, no Auditório da CUT, às 18h.
A senadora Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também se mobilizou contra a condenação de Lula, afirmando que ela "retira o foco da absurda reforma trabalhista e do processo de Temer na CCJ", referindo-se à aprovação do Senado pelas novas normas na CLT que se deram na última terça-feira (11), na Casa.
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