Ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso nessa segunda-feira (3) em Salvador; ele deve ser transferido para a Papuda
Agência Brasil
Ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso nessa segunda-feira (3) em Salvador; ele deve ser transferido para a Papuda

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), lamentou nesta terça-feira (4) a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima , mas garantiu que "o governo não será impactado pelos acontecimentos". " A prisão nos atinge pessoalmente. Nós lamentamos, é um amigo querido", declarou Jucá.

Apesar de dizer que "não pode opinar" sobre a prisão de Geddel Vieira Lima , acusado de tentar obstruir a Justiça, Romero Jucá criticou a medida. “A prisão como primeiro passo é algo muito forte, muito agressivo. Ela deve ser sempre o último recurso de uma ação judicial. Eu não conheço o processo, não posso opinar, mas de todo jeito a gente sente essa decisão. Agora, isso não impacta o governo, o governo está governando, o ministro já não era ministro há muito tempo”, disse.

Após ser preso durante a tarde de ontem em Salvador, Geddel foi transferido durante a madrugada desta terça-feira para Brasília, tendo passado a noite na carceragem da Polícia Federal. Ele deve ser transferido ainda nesta tarde para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde já se encontra o lobista Lúcio Funaro, que é investigado no mesmo caso que o ex-ministro.

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Obstrução à Justiça

O ex-articulador político do governo Temer foi preso em caráter preventivo, que é quando não há data determinada para a soltura. A prisão foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, atendendo a pedido da força-tarefa da da Operação Greenfield. As informações que motivaram o pedido de prisão foram prestadas pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em acordo de colaboração premiada.

Geddel é acusado de tentar obstruir a investigação de supostas irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.

Segundo o Ministério Público Federal, o ex-chefe da Secretaria de Governo entrou em contato por diversas vezes com a esposa de Lúcio Funaro para verificar a disposição do marido preso em firmar acordo de colaboração premiada, o que pode caracterizar um exercício de pressão sobre Funaro e sua família.

A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima definiu como “absolutamente desnecessário” o decreto de prisão preventiva do político. Em nota à imprensa, o advogado Gamil Föppel disse que há “ausência de relevantes informações” para basear a decisão e definiu como “erro” da Justiça Federal a autorização para a prisão.

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*Com informações da Agência Brasil

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