Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador da República do MPF (Ministério Público Federal) no Paraná Deltan Dallagnol, reafirmou durante evento realizado nesta sexta-feira (30) que a sociedade brasileira precisa continuar mobilizada em defesa das ações da operação.
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Em sua declaração, Deltan Dallagnol afirmou que não é preciso apenas "retirar as maçãs podres do cesto”, como também modificar a forma de se fazer política e acabar com a impunidade. Na opinião dele, a ausência de punição aos envolvidos em ações criminosas motiva empresários e agentes públicos a apostarem nos crimes de corrupção.
"Temos que mudar as condições de temperatura, pressão e umidade que fazem as maçãs apodrecerem", ressaltou o procurador.
Para o coordenador da força-tarefa da Lava Jato , somente a pressão da sociedade fará com que os políticos aprovem medidas que permitam o combate à corrupção. Entretanto, ele afirmou que, caso isso não ocorra, é preciso que a população escolha novos representantes. "Se quem está lá não vai mudar, temos que mudar quem está lá", disse, acrescentando que as pessoas não devem se deixar levar pelo cinismo e pela desesperança.
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A respeito da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que confirmou os acordos de delação premiada dos executivos da empresa JBS, Dallagnol avalia que o entendimento da Corte deu mais segurança para que grandes operações de combate à corrupção ocorram. Na opinião do procurador, quanto mais segurança e previsibilidade os acordos de delação tiverem, mais interessados os investigados estarão em assiná-los.
Sucessora de Rodrigo Janot
Ao comentar a indicação da procuradora da República Raquel Dodge para suceder Rodrigo Janot na PGR (Procuradoria-Geral da República), o coordenador da Lava Jato afirmou que o presidente Michel Temer (PMDB) respeitou a lista tríplice dos mais votados por procuradores de todo o País, “o que preserva o ethos da instituição”. Ele acrescentou que Raquel Dodge tem a confiança de grande parte dos procuradores.
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Deltan Dallagnol ministrou uma palestra nesta sexta-feira no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), durante a reunião do Fórum Permanente de Segurança Pública e Execução Penal da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
* Com informações da Agência Brasil