![Defesa de Lula havia pedido suspensão da ação até que ele tivesse acesso às delações de executivos da OAS Defesa de Lula havia pedido suspensão da ação até que ele tivesse acesso às delações de executivos da OAS](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/c2/ly/bu/c2lybue6bllnirtg6bidoyb74.jpg)
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta quarta-feira (14) o pedido de suspensão da tramitação da ação penal na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é réu, na 13º Vara da Justiça Federal, em Curitiba, sob a qual é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
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Quem rejeitou o impedimento da ação que indica que Lula teria recebido, como propina, um tríplex no Guarujá, no litoral paulista, foi o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF.
A defesa do ex-presidente pedia que o processo fosse bloqueado até os advogados tenham acesso ás negociações do acordo de delação premiada dos executivos das empreiteiras OAS Léo Pinheiro e José Aldemário Pinheiro Filho.
Responsável pela Lava Jato na Justiça Federal, o juiz Sérgio Moro, compreende que, nas alegações finais, ou seja, as últimas manifestações do processo, o Ministério Público Federal (MPF) deve informar se trato foi ou não fato consumado, caso não esteja sob sigilo.
No entanto, ao rejeitar o pedido, Fachin ressalta que entendeu que não há motivos legais para interromper a tramitação do processo. “Num juízo de cognição sumária, próprio desta fase processual, não depreendo ilegalidade flagrante na decisão atacada a justificar a concessão da liminar”, declarou o ministro.
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Histórico
O petista é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, a empresa seria beneficiada em contratos com a Petrobras. De acordo com o Ministério Público, a companhia destinou ao presidente um apartamento na praia como pagamento desse acordo.
Porém, a defesa de Lula nega essa versão e afirma que não há nenhum documento ou depoimento comprometedor e capaz de comprovar que o imóvel chegou a ser usado pelo ex-presidente, que também não confirma a participação no esquema de corrupção da Petrobras e ainda afirma que irá provar sua inocência.
O processo está em sua fase final. Até o momento, o MPF já apresentou sua última manifestação ao juiz Sergio Moro, onde condena o ex-presidente de ter cometido crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa de Lula deverá apresentar suas alegações na próxima semana.
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