O nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa amanheceu figurando entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. O motivo foi duplo: uma gafe preconceituosa contra ele e uma declaração dada por ele.
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Ambas as situações aconteceram nesta quarta-feira (8), durante uma cerimônia de aposição do retrato de Joaquim Barbosa na galeria de ex-presidentes da Corte.
Na ocasião, Barbosa defendeu as eleições diretas e disse aos jornalistas que não descarta concorrer à presidência da República, caso o peemedebista Michel Temer tenha o seu mandato cassado.
"É uma decisão que cabe a mim, só que sou muito hesitante em relação a isso", afirmou. "Hoje eu tenho a meu favor a desvinculação com a função pública há três anos, o distanciamento necessário da função jurisdicional", ressaltou.
Barbosa chegou a afirmar também que conversou no ano passado com Marina Silva, da Rede, e mais recentemente com a direção nacional do PSB. Porém, afirmou que os diálogos foram genéricos e que não há "nada concreto em termos de oferta de legenda para candidatura"
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Em seguida, Barbosa chegou a criticar a falta de "gente séria" na política do País.
"A falta dessa liderança política, de pessoas com desapego, realmente vinculadas ao interesse público, faz com que o país vá se desintegrando aos poucos. É o que está ocorrendo no Brasil por falta de lideranças políticas. Falta gente séria à frente dos assuntos de Estado", declarou.
As declarações foram divulgadas pelo jornal O Globo .
"Negro de primeira linha"
Ainda nesse mesmo evento, o ex-ministro do STF passou por uma situação constrangedora. Isso porque o ministro Luís Roberto Barroso, em uma tentativa fracassada de elogiar o homenageado, cometeu uma gafe, chamando-o de "negro de primeira linha".
"A universidade (Uerj) teve o prazer e a honra de receber um professor negro, um negro de primeira linha vindo de um doutorado de Paris", disse Barroso, em trecho do discurso sobre a trajetória de Barbosa.
A expressão virou motivo de piada entre militantes da causa negra que estavam presentes à cerimônia. Em tom de brincadeira, mas também de reprovação, eles diziam que se o ex-presidente da Corte era de "primeira linha", eles seriam de quarta, quinta ou mais.
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Ainda segundo o jornal, Joaquim Barbosa não quis se declarar a respeito da declaração constrangedora e de tom preconceituoso.