Dois delegados federais foram mortos a tiros na madrugada desta quarta-feira (31) em uma casa noturna em Florianópolis (SC). Uma das vítimas, de acordo com as informações preliminares do caso, era o delegado Adriano Antônio Soares, de 47 anos. Ele era o titular da delegacia da Polícia Federal em Angra dos Reis (RJ), que atuou na investigação do acidente que culminou na morte do então ministro do STF Teori Zavascki , em janeiro.
As autoridades policiais ainda vão apurar as circunstâncias da troca de tiros na casa norturna em Florianópolis. Além do delegado envolvido nas apurações do caso Teori Zavascki , também foi morto no tiroteio o delegado federal Elias Escobar, de 60 anos de idade, que estava locado em Niterói (RJ).
Em nota, a Polícia Federal lamentou a morte dos delegados e informou que a dupla estava na capital catarinense participando de uma capacitação interna.
"Neste momento de imensa tristeza, a Polícia Federal expressa suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados."
A PF esclareceu também que o inquérito que apura a morte do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal encontra-se em Brasília e é presidido por outro delegado. Segundo a corporação, o inquérito apenas foi registrado em Angra dos Reis, local onde ocorreu o acidente.
A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) também divulgou nesta manhã nota de pesar pelas mortes, manifestando as condolências aos parentes dos delegados.
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O acidente
O ministro Teori, que era relator das ações decorrentes da Lava Jato no STF, morreu no dia 19 de janeiro em um acidente aéreo. O avião em que ele estava a bordo com mais quatro pessoas caiu no mar durante o procedimento de aproximação ao aeroporto de Paraty, no Rio de Janeiro.
Nas semanas seguintes ao fato, surgiram diversos questionamentos sobre a possibilidade de a aeronave ter sido sabotada, mas isso nunca foi provado pelas autoridades responsáveis pela investigação.
O advogado Francisco Prehn Zavascki, filho de Teori, chegou a publicar um texto em seu perfil no Facebook levantando a hipótese de que a morte do ex-ministro do Supremo teria sido planejada por pessoas investigadas pela Justiça, em especial os envolvidos nas irregularidades apuradas pela força-tarefa da Operação Lava Jato. "não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai”, escreveu o filho de Teori Zavascki na ocasião.
*Com informações da Agência Brasil