O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou a prorrogação da prisão temporária dos detidos na Operação Panatenaico, deflagrada na última terça-feira (23). Entre os envolvidos na decisão, estão os ex-governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda, além do ex-vice-governador do DF, Tadeu Filipelli, que, até ser preso, era assessor do presidente Michel Temer.

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Em sua decisão, o juiz Vallisney de Souza Oliveira negou os pedidos de liberdade provisória apresentados por nove dos custodiados e acatou o requerimento do Ministério Público Federal para prorrogação de todas as prisões efetuadas, inclusive os ex-governadores do Distrito Federal . O magistrado argumentou que a soltura dos dez presos poderia prejudicar a colheita de provas, inclusive em relação "a terceiros, que poderão ser alvo de novos pedidos".

Ex-governador, Agnelo Queiroz é um dos investigados por supostas irregularidades em obras no Distrito Federal
Agência Brasil
Ex-governador, Agnelo Queiroz é um dos investigados por supostas irregularidades em obras no Distrito Federal

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Arruda, Agnelo, Filippeli e outras sete pessoas são investigadas por supostas irregularidades na contratação de obras públicas como a reforma do Estádio Mané Garrincha , utilizado na Copa do Mundo de 2014, e a implantação do  Sistema BRT Sul , obra de mobilidade que recebeu recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

A Justiça bloqueou mais de R$ 150 milhões dos suspeitos após a operação, que investiga um possível prejuízo de R$ 1,3 bilhão. Em sua decisão, o magistrado afirmou que, devido à "complexidade fática" dos delitos, e à necessidade de outras ações policiais, ainda restam "inúmeras diligências investigativas". Para o Ministério Público Federal , a prorrogação da prisão provisória deve garantir a "tutela da investigação referente aos gravíssimos crimes cometidos com atuação decisiva e relevanta dos custodiados".

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Entre os detidos, dois – Jorge Luiz Salomão e Nilson Marotelli – pediram medidas cautelares por conta de problemas de saúde. O magistrado, no entanto, considerou que o tratamento pode ser garantido mesmo na situação de prisão. "Os problemas de saúde suscitados pelos investigados, ainda que sejam fatores relevantes, por si sós não são capazes de afastar a necessidade de suas custódias, temporárias que são, uma vez que poderão ser resolvidos no âmbito do próprio ambiente prisional em que se encontram", observou o juiz junto à decisão sobre ex-governadores do Distrito Federal.

* Com informações da Agência Brasil.

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