A Câmara dos Deputados suspendeu a sessão deliberativa no plenário após forte protesto dos partidos de oposição ao governo. Os oposicionistas criticavam a ação da policial durante manifestação que ocorre na Esplanada dos Ministérios. Alguns líderes partidários ocuparam a Mesa Diretora gritando “Diretas Já, o povo quer votar”.
Enquanto ocorriam as discussões no plenário, manifestantes protestavam na Esplanada dos Ministérios contra as recentes denúncias de corrupção
no governo, além das reformas trabalhista e da Previdência. A oposição tentava obstruir o andamento da sessão na Câmara
para evitar a votação da pauta.
Para reprimir os atos, os policiais lançaram bombas de efeito moral contra os manifestantes que tentavam descer em direção ao gramado em frente ao Congresso. O tumulto logo repercutiu no plenário. O líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a polícia agrediu inclusive parlamentares que participavam do protesto e pediu o fim da sessão do plenário.
Na tribuna, o líder do DEM, Efraim Filho (PB), rebateu as críticas e disse que a polícia também foi agredida. Ele pediu que os parlamentares voltassem a trabalhar. Ao ocupar a mesa do plenário, os oposicionistas estenderam uma faixa com a frase “Fora Temer ”. O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa das mãos dos deputados, o que provocou início de tumulto.
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Durante a confusão ouviu-se também no plenário gritos de " Lula na cadeia". O presidente da sessão, deputado André Fufuca (PP-MA), tentou manter o andamento dos trabalhos, mas decidiu suspender a sessão.
Um grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras no rosto promoveu um quebra-quebra durante a manifestação na Esplanada, após a PM dispersar parte do protesto com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O grupo destruiu vidraças de pelo menos cinco ministérios. Também foram depredadas paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação.
Ordem do Dia
O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu início à Ordem do Dia no plenário por volta das 13h. Em pauta está o projeto de lei 54/15 e sete medidas provisórias que podem expirar nos próximos dias. A oposição não registrou presença eletrônica no plenário, apresentou obstrução e tentou atrasar as discussões.
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O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que não acha normal abrir a Ordem do Dia no início da tarde e argumentou que este é um “jogo” da base para evitar o debate sobre a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pede a convocação das eleições diretas, em caso de vacância da Presidência da República. A PEC está em debate na CCJ da Câmara, mas tem a apreciação tem sido adiada seguidamente. Quando a confusão começou, os deputados discutiam um requerimento que visa retirar o projeto da pauta. Às 17h05, Maia decidiu manter a suspensão dos trabalhos no plenário.
* Com informações da Agência Brasil