Segundo associação a falta de perícia é algo
Valter Campanato/Agência Brasil
Segundo associação a falta de perícia é algo "inaceitável"


A falta de perícia dos áudios entregues pelo empresário proprietário da JBS, Joesley Batista, fez a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais questionar a atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A associação afirmou por meio de nota que, é “inaceitável” o material não ter sido periciado, já que o País conta com profissionais experientes no assunto.

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Para a associação dos peritos criminais, a homologação de delações premiadas dos executivos da JBS sem a devida análise pericial é temerária. “É inaceitável que, tendo à disposição a Perícia Oficial da União, que tem os melhores especialistas forenses em evidências multimídia do País, não se tenha solicitado a necessária análise técnica no material divulgado, permitindo que um evento de grande importância criminal para o País venha a ser apresentado sem perícia e sem a qualificada comprovação científica”.

A associação dos peritos informou que a reprodução, amplamente divulgada pela imprensa nacional e internacional, apresenta ruídos, que precisam de análise técnica para verificação do que foi mencionado pelos envolvidos nos áudios. “A presença de eventos acústicos que precisam passar por análise técnica, especializada e aprofundada”, disse a entidade.

Para a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, sem análise minuciosa do material que foi entregue pelo empresário proprietário da JBS, Joesley Batista, não é possível ter qualquer parecer sobre a autenticidade da gravação. A entidade afirma ser necessário que o equipamento usado pelo executivo seja periciado, assim como as gravações entregues para PGR e quem deve fazer isso é o Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal.

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Pronunciamento

Após um jornal de circulação nacional afirmar que as gravações entregues a Procuradoria foram editadas, após contratação de peritos para a verificação os áudios, Michel Temer fez um pronunciamento na tarde de sábado (21) solicitando que o Supremo Tribunal Federal (STF) retirasse o inquérito aberto contra ele.

Enquanto o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede a continuidade do inquérito, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, atendeu ao pedido da defesa do presidente Temer e determinou o envio do áudio para que seja periciado pela Polícia Federal.

Temer, em seu pronunciamento chamou Joesley Batista de criminoso e disse que ele se aproveitou da situação, fez sua empresa lucrar e agora passeia tranquilamente pelas ruas de Nova York. “Enquanto ele está livre e solto passeando pelas ruas de Nova York, eu tenho que assumir a grave situação que o País ficou após as afirmações criminosas”, disse o presidente no sábado (20) .

O presidente criticou ainda a falta de perícia no matérial entregue para o acordo de delação premiada e afirmou que os áudios mostram um empresário insatisfeito com seu governo, uma vez que ele não deu "benesses" ao mesmo como o ocorrido em governos anteriores.

*Com informações da Agência Brasil

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