A exoneração de Antônio Fernandes Toninho Costa, do cargo de presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (5). Sua saída acontece em meio a um período de conflitos entre índios da etnia Gamela e fazendeiros, no Maranhão. Pelo menos treze pessoas ficaram feridas.
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Nessa terça-feira (2), questionado sobre o caso, Toninho Costa disse que a situação "fugiu ao controle" do órgão. Além disso, recentemente, a Funai foi criticada pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, por sua lentidão na condução de processos de demarcação de terras indígenas. O órgão é subordinado à pasta.
Na última quarta-feira (3), inclusive, Serraglio cogitou fazer um mutirão para “identificar os processos que estão muito lentos, amarrados e até dificultados”, disse o ministro durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
Na oportunidade, o ministro foi perguntado se pretendia demitir o então presidente do órgão. Em sua resposta, Serraglio disse que, assim como em outros setores do País, o órgão indigenista é construído por meio de coalizão, "então não é o ministro da Justiça quem vai decidir" em relação a Toninho Costa, que foi indicado pelo PSC.
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Maranhão
Serraglio disse também que está em contato com a Polícia Federal (PF), para se manter informado sobre o ataque aos índios Gamela.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 13 índios foram feridos por facadas, pauladas e tiros.
“O que posso afirmar é que, desde o primeiro momento, entrei em contato com a PF para pedir participação, investigação e proteção da polícia [aos índios]. Devo ter falado mais de dez vezes com o delegado para me informar sobre o que estava acontecendo”, disse o ministro.
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Toninho Costa assumiu a presidência da Funai em setembro do ano passado. Ainda não foi designado um substituto para o cargo.
* Com informações da Agência Brasil.