Por meio de nota, presidente Michel Temer criticou as manifestações que terminaram em episódios violentos
Valter Campanato/Agência Brasil - 24.4.2017
Por meio de nota, presidente Michel Temer criticou as manifestações que terminaram em episódios violentos

Em nota divulgada à imprensa no início da noite desta sexta-feira (28), o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que as manifestações ocorridas hoje transcorreram com “a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações”. Diversas cidades do País tiveram atos contra as reformas trabalhista e da Previdência. Segundo Temer, ambas as medidas continuarão em tramitação no Congresso.

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“As manifestações políticas convocadas para esta sexta-feira ocorreram livremente em todo país. […] O governo federal reafirma seu compromisso com a democracia e com as instituições brasileiras. O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional”, disse Temer.

Ainda no texto, Temer classificou como “lamentáveis” os atos de violência ocorridos no Rio de Janeiro , onde, no fim da tarde, houve confronto entre policiais e manifestantes. "Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente.”

Por fim, Temer afirmou que a luta dos trabalhadores é para superar a “maior recessão econômica que o país já enfrentou em sua história”. “A esse esforço se somam todas as ações do governo, que acredita na força da unidade de nosso país para vencer a crise que herdamos e trazer o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento social e do crescimento econômico”, finalizou.

Mais cedo, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, declarou que os atos foram menores do que o esperado pelo governo . “Eu avalio com otimismo. Nós tínhamos a expectativa de uma manifestação muito expressiva, e isso não aconteceu”, disse.

A greve geral foi convocada pelas centrais sindicais e mobilizou trabalhadores de diversas categorias em todo o país. Na visão dos manifestantes, as reformas enfraquecem as relações de trabalho e obrigam o trabalhador a “pagar a conta” do déficit da Previdência Social e das dívidas de grandes empresas com a Previdência, que podem chegar a R$ 430 bilhões. As duas maiores entidades sindicais do país – CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical – avaliam como bem sucedidos os atos e paralisações ocorridos durante o dia de hoje.

Dia do Trabalho

Temer gravou hoje uma mensagem que será divulgada na próxima segunda-feira (1º), Dia do Trabalho . A mensagem será divulgada apenas pela internet. Nela, o presidente vai defender as reformas trabalhista e previdenciária, que o governo considera fundamentais para a geração de empregos e o crescimento econômico.

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Confrontos em São Paulo

No início da noite de hoje, após manifestações ocorridas na capital paulista, um grupo de pessoas se dirigiu para o Alto de Pinheiros, na zona oeste, onde mora o presidente Temer. Os manifestantes iniciaram um ato em frente à casa do presidente. A Polícia Militar chegou ao local e dispersou os participantes com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.


* Com informações da Agência Brasil

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