Investigações da Lava Jato apontam que Palocci atuava para garantir o atendimento dos interesses da Odebrecht
Antonio Cruz/Agência Brasil - 16.11.2010
Investigações da Lava Jato apontam que Palocci atuava para garantir o atendimento dos interesses da Odebrecht

O ex-ministro Antonio Palocco será será interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro, nesta quinta-feira (20), na ação penal da Operação Lava Jato que apura seu envolvimento no esquema de propina da Odebrecht.

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Preso desde setembro do ano passado em ação decorrente da Lava Jato . O petista foi ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da Casa Civil na gestão Dilma Rousseff (PT).

Nesta terça-feira (18), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Palocci.

Relator dos recursos no processo, o ministro Felix Fischer avaliou que não há constrangimento ilegal que justifique a soltura do ex-ministro. Além disso, Fischer entende que a prisão é necessária para a garantia da ordem pública, uma vez que foi decretada para combater a corrupção sistêmica.

Ainda nesta quinta, Moro ouve tambem o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. Ambos são acusados dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação.

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Palocci e Kontic são os últimos dois réus a serem interrogados por Moro no processo. Após essa fase de interrogatórios, as defesas e a acusação podem solicitar diligências complementares, que serão analisadas pelo juiz.

Em seguida, Moro terá que determinar os prazos para apresentação das alegações finais, última fase do processo antes da declaração da sentença dos reús.

Investigações contra Palocci

Segundo as investigações feitas pela Polícia Federal, a empreiteira Odebrecht tinha uma “verdadeira conta-corrente de propina” com o PT.

Para os investigadores, a conta era gerida pelo ex-ministro Palocci e os pagamentos a ele eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira – responsável pelo pagamento de propina a políticos – em troca de benefícios indevidos no governo federal.

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A defesa de Palocci nega as acusações e sustenta que Sérgio Moro é parcial na condução do processo da Lava Jato.

* Com informações da Agência Brasil.

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