Ex-presidente Lula voltou a criticar vazamentos da Lava Jato e negou doação ilegal da Odebrecht ao Instituto Lula
Reprodução/Facebook
Ex-presidente Lula voltou a criticar vazamentos da Lava Jato e negou doação ilegal da Odebrecht ao Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu à divulgação de trechos do depoimento do empresário Marcelo Bahia Odebrecht ao juiz Sérgio Moro. Na audiência realizada nesta segunda-feira (10), o empreiteiro teria confirmado que o codinome 'amigo', que aparece em uma planilha de controle de propinas da Odebrecht, refere-se ao ex-presidente .

Em nota, Lula criticou o vazamento do depoimento e afirmou que não tem conhecimento "ou relação com qualquer planilha na qual outros possam se referir a ele como 'amigo'. O petista também afirma que nem essa planilha e nem esse apelido são de sua autoria.

Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (11) à rádio Meio Norte, do Piauí, o ex-presidente também rechaçou a possibilidade de vir a ser preso: "isso nem me passa pela cabeça". "Alguém para ser preso deve ter cometido um crime, e a polícia e a Justiça precisam ter provas para condenar uma pessoa. Estou há três anos ouvindo meu nome, há três anos esperando", afirmou.

Lula e Marcelo Odebrecht são réus em ação penal da Operação Lava Jato  que apura suposto pagamento de propina da construtora ao Partido dos Trabalhadores envolvendo a compra de um terreno para o Instituto Lula e de um imóvel em São Bernardo do Campo, onde mora o ex-presidente.

"Duvido que tenha um empresário neste país que possa dizer que o Lula pediu cinco centavos para ele", desafiou o petista na entrevista à rádio. "Já investigaram minha vida até na China, e podem continuar investigando. O que não dá é para conviver todos os dias com vazamentos mentirosos, com alguns canalhas vazando as coisas propositadamente. Isso cansou o Brasil. Tem gente que está fazendo deste denuncismo um modo de viver, e isso está quebrando o país."

Leia também: Teste seus conhecimentos sobre a Lava Jato

Instituto Lula

Segundo reportagem do Jornal Nacional (TV Globo), o empresário confirmou ao juiz Sérgio Moro que a empreiteira fez uma doação em 2014 para que o Instituto Lula adquirisse um terreno na zona sul da capital paulista onde seria construída uma nova sede para a entidade. A obra, no entanto, não chegou a ser executada.

Em nota, a equipe do ex-presidente alega que o Instituto Lula funciona em uma casa adquirida em 1991 e que a instituição "jamais teve outra sede ou terreno e nem recebeu nenhum terreno da Odebrecht". "Todas as doações ao Instituto Lula, as da Odebrecht e de outras empresas, foram feitas com os devidos registros e nota fiscal, dentro da lei, e já foram informadas para a Operação Lava Jato pelo próprio Instituto no fim de 2015", diz o texto.

Confira abaixo a íntegra da nota de Lula:




    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!