Estão sendo realizados nesta sexta-feira (31) novos protestos contra a proposta de reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). As manifestações, organizadas por movimentos sociais e sindicais, também são contra a lei que regulamenta a terceirização, aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados.
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Na capital paulista, integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) realizaram bloqueios pela manhã na Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste. Foram colocadas barricadas na via para impedir a passagem dos veículos. O protesto acabou por volta das 8h. Outras manifestações ocorreram na Estrada do M’Boi Mirim, na zona sul, e na Rodovia Régis Bittencourt, altura de Taboão da Serra.
Ainda em São Paulo, professores da rede estadual organizam nesta tarde uma assembleia no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, para decidir pela continuidade ou não da greve da categoria. A paralisação foi iniciada no dia 28 de março e tem como principal reivindicação a revogação da reforma da Previdência .
Em Vitória, no Espírito Santo, o ato aconteceu em frente a um edifício da Petrobras e reuniu cerca de 50 pessoas. Já em Recife, Pernambuco, manifestantes fecharam a BR-101 nos dois sentidos.
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São esperados protestos em pelo menos 15 estados do País. As centrais sindicais – entre elas a CUT e a Força Sindical – também estão organizando uma greve geral para o dia 28 de abril. Outro dia nacional de paralisações foi realizado em 15 de março. Os atos foram convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Sobre a reforma
A reforma da Previdência proposta por Temer aumenta a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Além disso, para receber o teto do benefício, o trabalhador precisará contribuir por pelo menos 49 anos.
O governo ainda pretende alterar a legislação trabalhista para permitir que negociações coletivas se sobreponham à lei. Já o projeto que regulamenta as terceirizações , que aguarda sanção de Temer, autoriza empresas a contratarem funcionários terceirizados para atividades-fim, ou seja, para sua principal área de atuação.
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Atualmente, a legislação permite apenas a terceirização nas atividades-meio. Por conta desse pacote, milhares de manifestantes saíram às ruas no último dia 15 de março, na primeira onda de grandes manifestações contra o governo.
* Com informações da Ansa