O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, nesta quarta-feira (29), que se a reforma da Previdência não for feita agora, ela terá de ser feita daqui a três anos. Caso contrário, "em sete anos paralisamos o Brasil".
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A declaração do presidente da República foi feita durante a abertura da 10ª conferência do Bank of America Merrill Lynch, em São Paulo. Na ocasião, ele aproveitou para afirmar que questões como a dos trabalhadores rurais e de pessoas com deficiência ainda podem ainda ser negociadas para a aprovação da reforma da Previdência .
“Precisamos aproveitar este momento de apoio do Congresso Nacional para fazer essa reforma. A reforma não prejudicará ninguém. A questão dos trabalhadores rurais, a questão dos deficientes, eu compreendo, e nós podemos ainda negociar, de modo a aprovar a reforma”, disse Temer.
Segundo ele, todos os estudos estatísticos mostram que se não houver reformulação previdenciária agora, em 2024 o País só terá verbas para pagar servidores públicos.
“Estamos fazendo regras de transição que permitam que, muito brevemente, as finanças públicas possam estar mais equilibradas e que não possa gerar o que ocorreu na Grécia, em Portugal, na Espanha e na França, que tiveram de reduzir valores de aposentadorias e de salários de servidores”.
O presidente disse ainda que, nesse contexto, a “interlocução plena” que seu governo tem com o Congresso Nacional será fundamental para a aprovação da matéria.
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O governo federal pretende dar um prazo de até seis meses para que os estados e municípios aprovem reformas previdenciárias para seus servidores. O Planalto deverá apresentar uma emenda ao texto que tramita no Congresso Nacional para acrescentar essa sugestão à matéria.
Pela proposta do governo do presidente Michel Temer (PMDB), as administrações estaduais e municipais irão se submeter à proposta que está em tramitação na Câmara, caso não executem suas próprias reformas no tempo determinado.
Servidores
Na última semana, Temer anunciou que estados e municípios seriam retirados do projeto de reforma que tramita na Câmara por meio da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287/2016.
A avaliação do Planalto e dos deputados federais é que os governadores estavam “muito à vontade”, sem precisar passar pelo desgaste de rever seus próprios sistemas de Previdência.
A equipe do presidente avalia ainda que a saída dos servidores municipais e estaduais poderá acelerar os debates e a tramitação da reforma da Previdência.
* Com informações da Agência Brasil.