Presidente Michel Temer criticou as manifestações feitas pela a oposição contra a reforma da Previdência
Marcos Corrêa/PR - 16.3.2017
Presidente Michel Temer criticou as manifestações feitas pela a oposição contra a reforma da Previdência

Em evento realizado nesta sexta-feira (17) na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em São Paulo, o presidente Michel Temer afirmou que o Planalto está aberto para discutir mudanças na reforma da Previdência. A proposta está em tramitação no Congresso e é alvo de protestos de centrais sindicais e movimentos sociais em todo o País.

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“Nós achamos que a proposta ideal, a necessária para colocar o País nos trilhos de uma vez, é aquela que o Executivo mandou. Nós não estamos negando qualquer espécie de conversação. O que não podemos é quebrar a espinha dorsal da Previdência”, ressaltou Michel Temer durante a palestra para executivos de cerca de 100 empresas.

Apesar de admitir eventuais modificações, o presidente reiterou que a reforma é imprescindível para evitar problemas no caixa do setor público. “Nós temos um deficit de R$ 149 bilhões na Previdência Social. Temos estados que estão quebrando por causa da Previdência”, enfatizou.

O mandatário também criticou os argumentos apresentados pela oposição ao projeto. “Eu vejo com frequência que há movimentos de protesto que são de natureza política, não movimentos de natureza técnica”, disse.

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O presidente também destacou a importância da relação com o Congresso , que discute a reforma em uma comissão especial: “Se não houver interação do Executivo com o Legislativo, você não consegue governar”.

Crescimento econômico

Temer destacou a retomada na geração de empregos em fevereiro, após 22 meses de queda, e ressaltou os impactos da notícia anunciada ontem para a economia brasileira. “Nós esperávamos que a retomada do emprego começasse a se processar no segundo semestre. O primeiro passo, sem dúvida nenhuma, era combater a recessão”, ressaltou.

A respeito da inflação, o presidente afirmou que espera, ainda neste ano, que o índice fique abaixo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central . “A projeção é que ao final do ano estaremos abaixo de 4%, quando o centro da meta é 4,5%”, enfatizou. A retração da inflação já está possibilitando, de acordo com o presidente, a redução das taxas de juros. “A Selic [taxa básica de juros] vem caindo. Os juros estão começando a cair e vão cair”.

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Segundo Michel Temer, o governo se prepara agora para socorrer os estados em dificuldade financeira. Nesse sentido, destacou mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal para permitir que o governo federal auxilie os governos estaduais. “Não podemos auxiliar o estado do Rio de Janeiro, com empréstimos etc., sem contrapartida, sob pena de nós, da União, vulnerarmos a lei de Responsabilidade Fiscal."


* Com informações da Agência Brasil

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