Presidente Michel Temer reconheceu que as medidas propostas para a reforma da Previdência são impopulares
Antonio Cruz/Agência Brasil - 14.3.2017
Presidente Michel Temer reconheceu que as medidas propostas para a reforma da Previdência são impopulares

No dia em que sindicatos e centrais sindicais realizam protestos em todo o Brasil contra a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer afirmou que as modificações propostas pelo governo federal farão com que o Brasil não siga o caminho de outros países, que tiveram de efetuar cortes radicais em benefícios de aposentados e salários de pessoas na ativa por não prevenir gastos excessivos com aposentadorias.

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De acordo com Temer, a reforma da Previdência representa um “caminho para salvar a previdência do colapso e para salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã”.

“Não queremos que o Brasil tenha de fazer o que fez Portugal, ou seja, cortar salário de pessoas na ativa e de aposentados, ao mesmo tempo em que elevava a idade mínima para 66 anos e eliminava o décimo terceiro salário. Não queremos chegar a esse ponto. Não podemos fazer uma coisa modestíssima agora para daqui a quatro ou cinco anos termos de fazer como Portugal, Espanha e Grécia, que tiveram de fazer um corte muito maior porque não preveniram o futuro”, disse o presidente

Durante cerimônia de lançamento do projeto Senhor Orientador, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Temer disse que, desde que assumiu a presidência, no ano passado, o governo deu um “rumo seguro às contas públicas com o teto de gastos, imunizando o Brasil do populismo fiscal.

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“Com toda franqueza, tenho feito distinção entre medidas populistas e medidas populares. As populistas são feitas de uma maneira irresponsável. Têm efeito imediato, aparentemente cheia de aplausos, para logo depois se revelar um desastre absoluto. As populares não. Elas não têm o aplauso imediato mas têm o reconhecimento posterior”, afirmou.

Entre as medidas mais polêmicas da reforma estão a elevação da idade mínima para 65 anos para homens e mulheres. O tempo mínimo de contribuição passaria para 49 anos para que o trabalhador pudesse obter o benefício integral.

Manifestações

Diversas categorias de trabalhadores aderiram à greve geral em protesto contra as medidas no sistema público de aposentadoria. Em São Paulo, a paralisação dos metroviários gerou dificuldades para os paulistanos se locomoverem nesta quarta-feira (15). Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os congestionamentos na capital paulista passaram de 200 quilômetros. Algumas rodovias chegaram a ser bloqueadas.

Para o fim do dia, está prevista a realização de um ato na Avenida Paulista contra a reforma da Previdência, que deverá contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


* Com informações da Agência Brasil

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