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"Eu quero dizer: eu jamais pedi, cobrei, conversei sobre propinas", afirmou Dilma Rousseff em viagem à Suíça

A ex-presidente petista Dilma Rousseff creditou, neste sábado (11), a paternidade da transposição do rio São Francisco, na Paraíba, ao ex-presidente Lula (PT).

A declaração de Dilma Rousseff acontece um dia após a inauguração da obra do trecho leste da transposição. Nesta sexta-feira (10), o presidente da República Michel Temer (PMDB) dedicou a paternidade da obra ao povo do Nordeste.

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"Eu não quero a paternidade desta obra. Ninguém pode tê-la. A paternidade é do povo brasileiro e do povo nordestino. Vocês é que pagaram impostos ao longo do tempo, vocês é que permitiram que pudéssemos fazer grandes investimentos nessa obra, que cada vez mais está sendo festejada", afirmou Temer.

A petista discorda. "Quem primeiro pensou nessa obra foi o imperador [D.] Pedro II. Mas quem implementou isso foi o Lula", disse Dilma aos jornalistas que acompanhavam a petista em um festival de cinema em Genebra, na Suíça.

Sem citar o nome de seu sucessor, a quem chamou de "presidente ilegítimo", Dilma afirmou que Temer não pode tentar melhorar sua popularidade "em cima da obra alheia".

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"O presidente ilegítimo quer ter algum nível de interlocução [com a população]. Ele tem todo o direito [de tentar melhorar a popularidade], mas não pode ser em cima de obra alheia", declarou a presidente cassada.

Palanque de campanha e momento para defesa

Dilma aproveitou seu discurso no festival para adotar um tom de campanha eleitoral a favor de Lula – mirando na disputa pela presidência em 2018.

"Nem eu nem o Lula teríamos feito o governo sem o PT. O que tem dentro do PT nos inspirou. O sonho do PT tem de ir além. Tem de ir pro futuro. Temos que defender essas conquistas", destacou.

De acordo com a agência EFE , indagada sobre as suspeitas de repasses ilegais da construtora Odebrecht para sua chapa, durante a campanha presidencial de 2014, Dilma negou, mais uma vez.

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"Eu quero dizer: eu jamais pedi, cobrei, conversei sobre propinas", afirmou Dilma Rousseff, durante viagem à Suíça. Na terça-feira (14), ela segue para Portugal. 

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